Warner vence a disputa pelos lucros do filme Superman - O Retorno
Segundo
informações da revista Variety,
a Warner Bros. venceu a disputa pelos lucros do filme
Superman
- O Retorno, que arrecadou 200 milhões de dólares nas bilheterias.
Essa briga judicial é consequência de um conflito
maior envolvendo a posse
dos direitos autorias do Super-Homem e do Superboy.
Depois de dez dias de julgamento, o juiz Stephen G. Larson decidiu favoravelmente
às duas empresas, que disputavam os lucros de exploração do Homem de Aço
com os herdeiros de Jerome Siegel, um dos criadores do personagem. A decisão
foi anunciada na quarta-feira, 8 de julho.
Segundo o juiz, as licenças pagas pelo estúdio (Warner)
para a DC Comics, para fazer filmes do Super-Homem, não
foram abaixo do valor de mercado e não podem ser caracterizadas como "um
acordo entre amigos".
Com
essa sentença, os herdeiros de Siegel podem exigir uma parcela dos lucros
apenas da DC Comics, ou seja, sobre
os 13,6 milhões de dólares que a editora recebeu pelo filme Superman
- O Retorno, de 2006, e não dos 200 milhões que Warner Bros.
arrecadou nas bilheterias. Vale notar que a disputa se refere apenas à
exploração do personagem nos Estados Unidos.
Os direitos internacionais sobre o Super-Homem (dentro das condições mencionadas)
continuam com a Warner e a DC. O valor
a ser pago pelos lucros obtidos com a sua utilização, desde 1999, será
decidido num julgamento que terá início em 1º de dezembro deste ano.
Alan Horn, presidente da Warner, testemunhou dizendo
que o estúdio planeja fazer outro filme do Super-Homem, mas como atualmente
o projeto não está sendo desenvolvido e não há roteiro escrito, uma nova
película do personagem só poderá ser lançada em 2012, na melhor das hipóteses.
Outro
fato relevante é a notícia recente de que o contrato com o ator Brandon
Routh, que interpretou o Super-Homem no último longa-metragem do personagem,
já expirou.
Mas, por outro lado, o advogado Marc Toberoff (representando Joanne Siegel
e Laura Siegel Larson) apresentou um documento afirmando que tanto os
herdeiros de Siegel quanto o de Shuster (no caso, Mark Peary) serão os
únicos e completos donos dos direitos autorais sobre o "último filho de
Krypton", em 2013. Sendo assim, a corte concordou que se a Warner
não iniciar a produção de um novo filme do Super-Homem em 2011, os herdeiros
de Siegel poderão processar a empresa exigindo reparações pela exploração
do Homem de Aço.
Se os herdeiros de Siegel e Shuster ganharem realmente o copyright
em 2013 - e ainda existem algumas dúvidas quanto ao caso de Shuster/Peary
-, eles ficarão com o controle do personagem até 2033, quando expiram
em definitivo os direitos autorais sobre ele, pela lei dos Estados Unidos.
Apesar disso, existe uma pressão grande no congresso norte-americano para
modificar essa lei.
Sendo assim, a partir de 2013, nem a Warner, nem a DC
Comics poderão explorar o Super-Homem sem uma licença dos herdeiros
de Jerry Siegel e Joe Shuster (criadores do personagem e falecidos em
28 de janeiro de 1996 e 30 de julho de 1992, respectivamente).