WMF Martins Fontes publica Pagando por sexo, de Chester Brown
Chega em breve às livrarias brasileiras, pela WMF Martins Fontes, o álbum Pagando por sexo (formato 15 x 21 cm, 296 páginas, R$ 47,00), do canadense Chester Brown, que chegou a ficar em primeiro lugar na lista dos mais vendidos do New York Times.
A exemplo de outro trabalho de Brown publicado no Brasil, A Playboy (pela Conrad, em 2001), trata-se de um relato autobiográfico do autor, que, após ser dispensado pela namorada, deseja sexo, mas não quer se envolver romanticamente com ninguém. A solução, então, foi sair com prostitutas.
Ao longo dos 33 capítulos do livro, ele descreve as experiências que vivenciou com 23 prostitutas (uma delas é identificada com dois nomes diferentes) e defende a superioridade desse tipo de relação sobre a tradicional, que classifica como "monogamia possessiva".
Brown dá detalhes das características físicas e do desempenho sexual de cada uma (sem comprometer o anonimato delas) e acaba se tornando um expert no assunto, aprendendo como chamar uma prostituta, quanto dar de gorjeta, quais os jargões da área etc.
Segundo o autor, o amor romântico não existe. Pagar por sexo é melhor. Realizado e emocionalmente impassível, Chester Brown garante ser feliz por poder pagar pela sua felicidade.
O autor nasceu em 1960, em Montreal, no Canadá. Publicou sua primeira tira em 1972, no jornal The St. Lawrence Sun. Mas sua entrada "oficial" no mercado foi em 1983, quando ele mesmo vendia seus gibis da série Yummy Fur (reproduzidos em xérox) numa esquina de Toronto, a 25 centavos de dólar o exemplar.
Em 1986, essa mesma série começou a ser publicada em revistas, tornando-se uma duradoura HQ independente. Brown ganhou quatro Harvey Awards. Em 2011, passou a fazer parte do Canadian Comic Book Creator Hall of Fame.
Pagando por sexo tem texto de introdução de Robert Crumb. A tradução é de Marcelo Brandão Cipolla