Capitão América ressurge em novos projetos da Marvel
O Capitão América andava meio esquecido nos corredores da Marvel nesses últimos anos, até que, com a entrada de Joe Quesada como editor-chefe, a editora resolveu dar um novo fôlego para o personagem. A primeira medida foi o "cancelamento" de sua série mensal, e o lançamento de um novo título através do selo Marvel Knights. Mas não a única.
Minisséries com o Sentinela da Liberdade começaram a pipocar em todos os cantos. Atualmente, nos Estados Unidos, está sendo publicado Captain America: Dead Man Running, e em abril estréia a série em quatro partes Wolverine/Captain America: The Contingency.
Além disso, outras cinco minisséries estão sendo desenvolvidas. Captain America Lives Again! será em quatro partes, com argumentos de Dave Gibbons (de Watchmen) e desenhos de Alberto Ponticelli. A estréia será em julho.
No mesmo mês, chega às comic shops americanas a mini Captain America: Red, White and Blue, também em quatro edições. Será uma espécie de antologia, com participação de vários autores e desenhistas, como Alex Ross, Paul Dini, David Lloyd, Frank Quitely, Darko Macan, Bruce Timm, Paul Storrie, Bruce Jones, Richard Piers-Rayner, Dean Haspiel, Karl Bollers, Jeff Jensen, Max Allan Collins, Chris Cross, Paul Pope, Evan Dorkin, Sarah Dyer, Tony Salmons, Peter Kuper, Mark Waid, Mike Deodato, Paul Rivoche, Philippe Berthet, Yann Lepennetier, Kenichi Sonoda, Matt Madden entre outros. As capas serão de Brian Stelfreeze, Peter Ferguson, Alex Nino e Mirko Ilic.
Ainda em julho, mais um projeto: Captain America: The Truth. A Marvel não divulgou maiores detalhes.
Captain America: What Price Glory (argumentos de Bruce Jones e arte de Steve Rude) e Captain America: Ice (John Rieber e Jae Lee) serão lançados entre o fim deste ano e início de 2003.
Mas o projeto principal continua sendo a nova revista regular, principalmente depois dos atentados terroristas de 11 de setembro. A partir daí, um novo rumo foi dado ao personagem.
"Poucas foram as fases do Capitão América que eu gostei. O original de Simon e Kirby tinha aquela maravilhosa energia patriótica. A fase da década de 1970, de Steve Englehart, e a recente, de Mark Waid, eram ótimas", relembra o editor Stuart Moore. "Então, quando fiquei encarregado pelo título, não sabia ao certo o que fazer. Só queria uma equipe criativa que pudesse lidar melhor com o personagem do que eu. Mas agora, depois dos eventos de 11 de setembro, estou muito feliz em estar trabalhando com ele. É uma responsabilidade, e John Rieber e John Cassaday estão à altura do desafio".
Claro que a atual situação vivida pelos americanos fortalece a idéia de destacar o lado patriótico (que está com ele desde a sua concepção, na década de 1940) ainda mais. E a Marvel vai aproveitar isso. "Os atentados fizeram o Capitão parecer mais importante para mim. Mas, em geral, os ideais americanos não saíram de moda, só pareceram mais distantes em algumas épocas. Uma pessoa patriótica só é antiquada se ela não questionar a si mesma e ao mundo à sua volta. A verdadeira realidade americana é a tolerância. Todos temos que aprender a viver com diferentes credos e crenças. Esse é o ponto crucial da primeira edição", finaliza.