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Cavaleiro das Trevas 2 chega batendo recordes

1 dezembro 2001

Dark Knight 2 #1O mercado americano de quadrinhos sempre alternou épocas extremamente favoráveis seguidas por quedas significativas de vendas e qualidade. Nos últimos anos, a segunda opção foi a dominante, um fato que se reflete também em outros países.

O panorama começou a ganhar um novo perfil com as modificações que a Marvel fez em sua equipe editorial e criativa, reformulando personagens como X-Men e Homem-Aranha. Mas a cartada definitiva pode estar nas mãos de dois velhos conhecidos da indústria: Frank Miller e Batman, com a continuação do clássico Batman - O Cavaleiro das Trevas.

Batman - The Dark Knight Strikes Again será uma mini-série em três edições de 80 páginas. Os pedidos para o primeiro número, que será vendido em dezembro nos Estados Unidos, superaram todas as expectativas, e alcançaram a marca de 175 mil cópias. Para se ter uma idéia, nos primeiros meses desse ano, raramente alguma revista passou a tiragem de 100 mil. Isso só ocorreu com a reformulação dos X-Men liderada por Grant Morrison, que chegou a 135 mil exemplares.

Como cada edição custará US$ 7,95, o primeiro número será a edição mais rentável dos últimos 5 anos.

dark Knight 2 #2Várias pessoas do meio esperam que, com esse lançamento, antigos leitores voltem a comprar revistas, além de atrair um novo público. Existe também a especulação de que esse possa ser o início de uma nova estratégia por parte da DC Comics, que não vinha atuando de maneira ativa como a Marvel.

Frank Miller comentou algumas coisas sobre a mini-série, cuja produção se encontra no terceiro e último número, e se mostrou bastante entusiasmado. Ele parece confiante que a trama agradará aos leitores. "Essa não é a mesma história da mini-série anterior, mas estou usando a mesma continuidade para mostrar o panteão da DC da maneira que ele existe no mundo".

Ele se recusou a dar maiores detalhes, mas disse que a aventura refletirá a atual situação mundial e clima político. "O bizarro é que, antes dos acontecimentos do dia 11 de setembro, eu desenhei seqüências nas duas primeiras edições que agora parecem ser reações ao que aconteceu. Nós deixamos tudo, e vocês verão minha reação aos ataques no terceiro número".

Ele também não pretende tocar no assunto de maneira leve. "Agora eu não dou a mínima para as opiniões. Esse não é o momento para babacas pacifistas nem para babacas que querem respostas violentas e patrióticas. Esse é o momento para os espertos. Não vou ficar rodeando o assunto como o resto do mundo do entretenimento está fazendo. Vou abordar o que está acontecendo diretamente".

Mas Miller é crítico sobre a maneira com a qual as pessoas procuram uma definição clara de como será a resposta do mundo do entretenimento. "É obsceno. É como ficar empurrando um microfone no rosto de alguém que acabou de ter sua esposa assassinada. A maneira com a qual o entretenimento reagirá tem que ser progressiva. Isso é tão grande quanto a guerra fria em seu âmbito, e levará um tempo para se compreender".

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