Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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Conrad aumenta o preço de todos os seus mangás

20 novembro 2002

Por Marcelo Naranjo

Conrad EditoraChegou no dia 19 de novembro às bancas de São Paulo Vagabond # 12, da Conrad. E a edição trouxe uma má notícia para os leitores: todos os mangás da editora sofrerão reajuste de preço.

Vagabond #12Confira como ficarão os novos preços de capa: Vagabond passará a custar R$ 6,30; Evangelion, R$ 5,30; One Piece, Dr. Slump e Fushigi Yûgi, R$ 5,20; e Dragon Ball Z e Cavaleiros do Zodíaco, R$ 4,90.

A Conrad publicou na segunda capa de Vagabond # 12 um texto explicando as razões do reajuste. O principal "vilão" dessa história é a elevação do dólar. Há algum tempo vem especulando, na internet, sobre aumentos no mercado de quadrinhos. Isso realmente parecia inevitável, mas resta saber qual será a reação dos leitores e, principalmente, o resultado nas bancas.

Veja abaixo a íntegra da mensagem.

Carta ao leitor

Você talvez esteja chateado, devido ao aumento dos preços de nossos mangás. Entendemos perfeitamente o que você está sentindo, porque sabemos do esforço que os leitores fazem para comprar suas revistas prediletas todos os meses. Mas, acredite, não tivemos outra alternativa.

Desde o início de 2002, temos sofrido aumentos sucessivos nos preços de papel e gráficas. Não por uma maldade das gráficas que trabalham conosco, mas porque o papel e as tintas são reajustados com base na variação do dólar. Além disso, ainda temos os direitos autorais de cada mangá, que também são calculados na moeda americana.

Veja esta conta: quando começamos a publicar mangás no Brasil, em outubro de 2000, o dólar equivalia a R$ 1,90 (cotação de 31/10/2000). Hoje, ele é vendido por quase R$ 4,00! Um aumento de mais de 100%! Claro que não vamos repassar isso tudo para os leitores.

Temos feito todos os esforços possíveis para administrar esses aumentos sem mexer no preço que você paga pelos mangás. E temos tido muita colaboração de todas as pessoas e empresas envolvidas na produção e distribuição de nossas revistas. Por isso, conseguimos passar o ano sem aumento no preço de capa da quase totalidade de nossos títulos.

E agora, que o aumento se tornou inevitável, conseguimos que ele seja, em média, de apenas 16%. Algumas subiram mais, outras menos. As razões das diferenças percentuais de aumento são o tempo sem reajuste, o valor de cada licenciamento, a utilização de cores no miolo, o tamanho das tiragens etc.

Sabemos que um aumento é um aumento, mas diante da situação geral do País, consideramos que um reajuste não muito grande não é uma derrota, mas sim uma grande vitória. Estamos fazendo a nossa parte.

Continuamos contando com você.

Conrad Editora

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