A missão de um astronauta falha e ele é dado como morto. No entanto, vinte anos depois, sua filha o vê, através de um telescópio, voltando para a Terra.

Mas ele não veio sozinho! Sua nave estava repleta de alienígenas e sua mente, cheia de vingança. É hora de revelar a verdade! Gente poderosa queria que sua missão falhasse e, agora, o cabeludo astronauta vai "acertar as contas", lançando seus monstrengos sobre a humanidade horrorizada.

Esta é a trama de Alienígenas Mutantes, do cartunista Bill Plympton, que a Conrad Editora está lançando no Brasil no final de julho. O autor é uma das atrações do Anima Mundi 2001, festival de animação que acontece no Rio de Janeiro e em São Paulo, durante o mês de julho.

O livro dá uma amostra do longa-metragem Mutant Aliens (de 83 minutos), que será exibido no festival, em três sessões.

Alienígenas Mutantes é uma mistura de ficção científica, humor, sexo e violência. A origem dos alienígenas, todos similares a animais e insetos da Terra, é no mínimo bizarra: o astronauta transa com vários animais que estavam em outra nave espacial e serviam como cobaias em testes, e nascem vários "filhinhos" pra lá de estranhos. São estes seres que o ajudam em sua "missão".

A idéia de lançar Alienígenas Mutantes em quadrinhos surgiu durante o processo de storyboard do longa-metragem. Como fez os desenhos com muito mais detalhes e cuidado do que o normal, o trabalho ajudou Bill Plympton a resolver vários detalhes no estágio de animação.

Bill Plympton tem 55 anos e trabalhou por muito tempo como ilustrador e cartunista para veículos como New York Times, Vogue, House Beautiful, The Village Voice, Screw e Vanity Fair. Em 1975, no The Soho Weekly News, começou Plympton, uma tira política que, em 1981, já era distribuída em mais de vinte jornais.

Logo depois de terminar Boomtown, seu curta-metragem de estréia, em 1983, começou seu primeiro longa, Your Face, que lhe rendeu o Oscar de melhor animação em 1988. Seu trabalho passou a ser exibido com freqüência na MTV e em festivais itinerantes de animação.

Após vários curtas de bastante sucesso, Plympton lançou, em 1992, The Tune, o primeiro longa-metragem desenhado por uma única pessoa. Além disso, lançou outro longa, intitulado I Married a Strange Person, produziu uma compilação de seus curtas, chamada Mondo Plympton, e lançou The Sleaze Cartoons Bill Plympton, uma edição com o melhor de seus cartuns para revistas masculinas e a coleção We Eat Tonight, só com seus cartuns de um só painel.