Dois primeiros volumes de Do Inferno esgotam nas livrarias
Por Samir Naliato
Personagens de quadrinhos sempre foram bem-sucedidos no cinema. Super-Homem, Batman, X-Men, Blade e, mais recentemente, o estrondoso sucesso do Homem-Aranha, são exemplos disso, além dos vários projetos em andamento atualmente.
Mas nem só os super-heróis têm esse privilégio. Asterix já ganhou até uma continuação, e Ghost World recebeu indicação para o Oscar 2002.
No início deste ano, uma outra adaptação deu o que falar. Do Inferno, obra de Alan Moore e Eddie Campbell, foi parar nas telonas em um filme estrelado por Johnny Deep; e as livrarias aproveitaram para dar destaque aos quatro volumes da trama, publicados no Brasil pela Via Lettera Editora.
E o resultado foi bom. Os dois primeiros volumes tiveram suas tiragens esgotadas com a procura. "A Via Lettera já fez novas tiragens de ambos, logo em seguida ao encerramento das primeiras", disse Jotapê Martins. "Até aproveitamos pra corrigir alguns errinhos".
De acordo com o editor, os erros corrigidos foram gramaticais, nomes, referências e coisas do tipo.
O premiado Do inferno conta a história de Jack, o Estripador, de uma maneira bem peculiar. Alan Moore juntou investigações da época, questões levantados por historiadores e suas próprias idéias, ligando os homicídios de 1888 à coroa britânica.
Foi um trabalho de intensa pesquisa sobre os fatos ocorridos, que mostra a cidade de Whitechapel com incrível riqueza de detalhes, assim como o clima vivido na Inglaterra vitoriana.