Editora Escala lança projeto para descobrir novos talentos
A Editora Escala está abrindo espaço para roteiristas e desenhistas, através do seu selo Escala Graphic Talent, que publicará tanto autores novos, quanto outros que já atuam no mercado de quadrinhos.
O projeto é uma espécie de "contrato de risco" e funcionará da seguinte maneira: se a edição # 1 for bem de vendas, a editora faz um contrato com os autores para lançar mais três. Se o êxito continuar, fecha-se um pacote para mais 10 edições, e assim por diante. Logicamente, o dinheiro envolvido (que não é muito, segundo os editores) aumenta a cada etapa ultrapassada pelo título.
Quem determinará o estilo das histórias serão os autores. Pode ser de aventura, ficção, infantil, underground, romance, mangá, qualquer gênero, exceto pornográfico. Serão lançados sempre dois títulos por mês, provavelmente, a partir de outubro.
Todas os títulos serão publicados em formatinho, em 32 páginas (de miolo) coloridas e custando R$ 1,50. Os autores aprovados deverão entregar a revista pronta, com letras, diagramação, cores e, no mínimo, 24 páginas de quadrinhos (as 8 restantes podem ser usadas para textos de apresentação, fichas de personagens etc). A Editora Escala ficará responsável pela revisão final do texto e a edição propriamente dita.
Os interessados em participar deste projeto devem mandar uma sinopse de sua história e algumas páginas de amostra para o editor da Escala, Dario Chaves, que fornecerá detalhes sobre o pagamento e entrará em contato com os aprovados, para que iniciem a produção de seus trabalhos.
Uma outra alternativa para mostrar seus trabalhos é encontrar Dario Chaves, no 1º Fest Comix, um evento similar ao Dia do Apagão, que reunirá representantes das maiores editoras do País, no dia 9 de setembro de 2001.
Sem dúvida, esta iniciativa da Escala é excelente, dos pontos de vista de lançar HQs nacionais e de revelar novos talentos, oferecendo para muitos deles a chance de publicar pela primeira vez. Mas, ao mesmo tempo, também é a famosa "faca de dois gumes". Afinal, é óbvio que nem todos os títulos conseguirão passar da edição de estréia, o que poderá criar a temível "indústria do número 1", com revistas que mal nascem e, em seguida, somem das bancas. De qualquer maneira, vale a pena correr este risco!