Nesses 10 anos de pesquisa para desenvolver as releituras, o desenhista conta que procurou verificar detalhes das pinturas, como a utilização das tintas, o jeito das pinceladas, a iluminação, tudo com o maior cuidado. A diversão e brincadeira do início, que somente eram vistas nas paredes dos corredores dos estúdios da Mauricio de Sousa Produções, acabaram virando trabalhos sérios, pintados em tinta acrílica, com o máximo possível de fidelidade ao original.

Até mesmo as molduras foram pesquisadas, para que ficassem próximas das originais. E, de pincelada em pincelada, Mauricio de Sousa acabou se identificando com o genial Van Gogh. "Ele é o pintor que mais se aproxima do que eu gosto de fazer. São dele os quadros que tive mais facilidade para reproduzir, por causa da forma livre como pintava", disse.

Segundo suas declarações, quando começar a pintar seus próprios quadros - o que não vai demorar muito - acredita que terá forte influência do pintor holandês.

Depois de Salvador, História em Quadrões segue para outras capitais, Europa e Estados Unidos. "Espero, com essa exposição, que o nosso público, principalmente as crianças, aproxime-se da história dos grandes mestres da pintura, conhecendo suas vidas, suas obras e tendo o seu momento lúdico com as nossas releituras", concluiu o criador da Turma da Mônica.