Em dezembro começa a ser publicada a minissérie em duas edições Soul War, com argumentos de J.M DeMatteis e arte de Darryl Banks, na qual o novo Espectro (Hal Jordan) e a Liga da Justiça se encontrarão para um pequeno acerto de contas.

Originalmente planejada como uma graphic novel, a DC Comics preferiu lançar em forma de minissérie.

"Esse projeto já vinha sendo desenvolvido há algum tempo", explica DeMatteis. "O motivo dessa história não fazer parte da revista mensal do Espectro (Nota do UHQ: recentemente cancelado pela DC) é simples: não é uma história do personagem, e sim da Liga da Justiça. É um grande conto em escala cósmica, na tradição da Liga".

E a trama é um velho clichê. "É algo nunca antes visto nos quadrinhos: uma invasão alienígena", brincou o escritor. "Certo, certo... já vimos isso antes, mas o legal aqui é que não tem nada a ver com naves ou batalhas espaciais. É uma invasão feita diretamente na consciência. Um grupo chamado Trans vem atacando cada ser vivo da Terra, mente por mente, alma por alma. E o ataque vem de um outro nível de realidade. Não é algo que possa ser impedido com a visão de calor. E é por isso que o Espectro se envolve".

Mas a aventura não será apenas sobre a invasão e os esforços dos heróis para impedi-la. Segundo o escritor, a parte mais interessante da trama será a interação entre os personagens, como Hal Jordan e Super-Homem.

"Essa interatividade é o coração da história. Hal é um objeto de suspeita até mesmo para os membros da Liga, como o Super-Homem, que querem dar a ele uma nova chance, contou. "O ex-Lanterna Verde pisou feio na bola, e traiu todos os ideais da equipe. Agora, ele está de volta como esse estranho espírito. Até onde podem confiar nele? Batman, por exemplo, não confia nem um pouco. E esse relacionamento do Homem Morcego e Jordan será um dos mais explorados".

O primeiro encontro de Hal Jordan, como Espectro, com a Liga da Justiça foi publicada em JLA #35, história que foi pulada pela Editora Abril aqui no Brasil.

J.M. DeMatteis ainda analisou a razão de Hal Jordan ter voltado após sua morte. "Acho que a DC percebeu que ele é um personagem muito bom para deixá-lo no limbo", disse.

"Fazer dele o Espectro foi uma maneira de trazê-lo de volta sem realmente ressuscitá-lo. A conexão com o Espectro também permitiu ao personagem lidar com algumas das horríveis coisas que ele fez, como Hal Jordan, no final de sua vida. Ele era um assassino, e não podíamos trazê-lo de voltar, dar-lhe um anel e fingir que nada aconteceu", concluiu.