Joe Casey revela mudanças em Adventures of Superman
O escritor Joe Casey já trabalhou em alguns dos principais títulos do mercado americano de quadrinhos. Durante algum tempo, escreveu simultaneamente Uncanny X-Men e Adventures of Superman, além de se dedicar a outras séries, como Wild C.A.T.s e sua série autoral, Automatic Kafka.
"Eu estava fazendo Wild C.A.T.s - Vol. 2 e alguns outros projetos autorais. Joe Kelly e Jeph Loeb são dois dos meus melhores amigos no mercado, assim, quando Adventures of Superman ficou disponível, acho que eles me recomendaram ao editor Eddie Berganza. Dois anos depois, ainda estou lá", revelou.
Para Casey, o motivo de querer escrever a revista é simples: o Super-Homem. "Bem, ele foi o primeiro super-herói, não foi? Ele é o molde de onde todos os outros vieram. Me diverti muito escrevendo Mr. Majestic (Nota do UHQ: personagem inspirado no Homem de Aço) para a WildStorm. Então, sempre pensei como seria trabalhar com o original", declarou.
O caminho que o autor procura para suas histórias em Adventures of Superman não é a mesmo que seus colegas estão seguindo nas outras três séries do herói. "Tudo isso que eles estão fazendo, de colocar o 'Super' de volta ao Super-Homem ou focar o lado 'Homem' dele me deixa louco", admite. "É o meio termo que funciona para mim, e é como tento retratá-lo. Estou fazendo dele o mais poderoso pacifista do universo. Não há nada de chato num personagem assim, e o faz ser cada vez mais épico. Mas o Super-Homem não faz discursos. Ele não precisa. Se ele quiser se abrir e conversar, é para isso que tem a Lois".
Casey tem ainda muita coisa para dizer sobre o personagem, em termos de introduzi-lo aos leitores. "Acho que a melhor parte em escrever os quadrinhos do Super-Homem é que todos o conhecem, assim como a Lois, Perry White e Jimmy Olsen", explicou. "Como escritor, eu lido com eles com muito respeito pela mitologia".
Mas um dos aspectos dessa mitologia mudou. O triângulo amoroso entre Clark/Lois/Super-Homem não existe mais. "Pessoalmente, sempre senti que isso era a essência de toda essa mitologia", disse. "Mas, como escritor, estou me divertindo explorando o casamento dos dois. É uma dinâmica com potencial para drama, tensão e até humor. A minha história preferida nesse sentido sairá em fevereiro de 2003, no número 613", avisou.
Casey vem abordando temas mais políticos, e é um dos escritores que mais exploram o fato de Luthor ser o presidente dos Estados Unidos. Ele toca em assuntos como a responsabilidade do Homem de Aço nas injustiças sociais no mundo, mas diz não pretender transformar o herói num ícone político.
E a razão para isso é simples: é tempo para algo diferente feito. "Sempre tento fazer histórias com relevância no mundo no qual vivemos. De outra maneira, por que estaríamos fazendo tudo isso? Escapismo total e absoluto? É isso o que queremos nesse momento?", questiona.
O segredo para escrever as histórias do Último Filho de Krypton? "Deixo minha imaginação fluir, liberto a criança que vive dentro de mim. Estou tentando colocar o que é relevante ao mundo de hoje", encerrou.