Joe Kelly fala sobre Liga da Justiça
Em dezembro, Joe Kelly (de Deadpool, X-Men, Super-Homem) assume o cargo de escritor da revista mensal da Liga da Justiça, substituindo Mark Waid. Sua primeira edição será JLA #61, ao lado do desenhista Doug Mahnke. Mesmo sendo um dos autores mais ocupados do momento, ele falou um pouco mais sobre o que pretende fazer com os heróis.
"Adoro todos esses personagens, gosto da equipe atual. Há tanta coisa para explorar. Definitivamente, tem elementos que quero trazer, personagens que talvez você não esperasse na Liga, ou alguns que já estiveram por lá no passado", disse. "Eu não vou ficar mudando tudo a cada mês, e trazer o Besouro Azul apenas para aprontar confusões. Mas há modificações que penso serem válidas".
O autor descreve como ele vê a Liga da Justiça. "De muitas maneiras, a LJA é a incorporação de deuses na Terra. São os melhores, únicos, ícones. Pode-se reconhecer todos os outros heróis neles. Pode-se ver todos os personagens engraçados no Homem-Elástico, os sombrios no Batman e todos os super poderosos no Super-Homem. Eles são o ponto de origem para todo o resto", explica.
E ele continua. "Então, sim, eles são como lendas de deuses que caminham entre nós. Gosto de vê-los, a princípio, dessa maneira, como gigantes. Mas à medida que você fica mais próximo deles, pode ver que são como pessoas reais, que se preocupam em chegar no trabalho na hora, pagar contas e dividir seu tempo entre a esposa e o ofício de super-herói. São deuses que andam entre os homens, como homens! E que possuem os mesmos problemas que nós. Mark Waid era realmente bom em mostrar isso, e é algo que eu, definitivamente, pretendo manter".
Kelly admite que não era um fã da DC Comics quando criança, e só tinha contato com os seus super-heróis através do desenho animado Superamigos. "Eu lia quadrinhos quando era criança, mas não da DC. Lia muitas revistas da Marvel". Sua identificação mais forte com os personagens começou quando veio para a editora para escrever uma das quatro revistas mensais do Super-Homem (Action Comics), e com suas pesquisas para assumir os argumentos da Liga da Justiça.
"Eu entrei no título com um conhecimento superficial, mas, uma vez imerso nisso, você encontra algo que adora sobre os personagens. Tenho grande afinidade com o Ajax, e sempre tive uma 'queda' pelo Batman e Super-Homem. Eu adoro todos, de maneiras diferentes Alguns deles eu conheço melhor do que os outros. Por exemplo, ainda não estou totalmente por dentro do Flash, mas conheço bem o Lanterna Verde, e gosto dele. Eu amo a Mulher-Maravilha, o primeiro grande arco de histórias da Liga será com ela".
O escritor também disse estar sendo ótimo trabalhar com Doug Mahnke, e que o desenhista tem uma imaginação muito fértil e é capaz de desenhar tudo que lhe é pedido. Sobre Aquaman, ele não quis entrar em detalhes, mas deixou escapar que grandes planos podem estar vindo para o personagem.
Ele também demonstrou interesse em um outro herói, que anda um pouco sumido: o Capitão Marvel. "Eu o adoro. É um dos que eu tenho grande afinidade. Se acontecer do Super-Homem não estiver na equipe, posso vê-lo no lugar. E não concordo que ele não tenha espírito de liderança. Minha visão dele é um pouco diferente do que foi feito no passado. Alguém com a sabedoria de Salomão é um bom estrategista militar. Tem que ser. Além de que, o fato de ele ser chamado de 'Capitão' me indica que essa não é um nome arbitrário. Ele é um líder", esclarece.
Para Joe Kelly, o importante é manter a revista interessante. "Se eu perceber que está se aproximando de uma brincadeira ou de algo que já fiz, vou jogar tudo no lixo, porque quero manter o interesse. Quando o leitor passar de uma edição para a outra, tem que haver uma grande surpresa", finaliza.