Marvel pode relançar o selo Epic
Em meados da década de 1980, a Marvel Comics lançou o selo Epic, para publicar quadrinhos criados pelos próprios autores.
Entre essas publicações autorais estavam Dreadstar (Jim Starlin), Groo (Sérgio Aragonés e Mark Evanier) e Moonshadow (J. M. DeMatteis e Jon J. Muth). A Epic chegou até mesmo a levar para os Estados Unidos o clássico japonês Akira.
Mas, no início da década de 1990, a "Casa das Idéias" resolveu cancelar a Epic, e concentrar suas forças no Universo Marvel tradicional. Agora, uma década depois, a editora pode estar revivendo o selo. O plano seria lançar os primeiros títulos no final deste ano.
Na capa de Marville #7 (veja ao lado) aparece uma dica dessa intenção. "Lembro que esse desenho deveria ser a apresentação do selo Epic, que deveria ser relançado nesta época do ano", disse o artista Greg Horn.
Vários criadores que atualmente estão na Marvel já disseram que estão trabalhando em projetos autorais. Entre eles estão Mark Millar, Adam Kubert, Steven Grant e John Romita Jr, que chegou a declarar que estava atuando no que seria a primeira série autoral de um novo, e ainda sem nome, selo da editora.
Ano passado, você viu aqui no Universo HQ declarações de Romita Jr. sobre um projeto que estava desenvolvendo, chamado Gray Area.
A nova Epic publicaria revistas de caráter autoral, ou seja, criadas pelos próprios artistas, e com os direitos pertencentes a eles. Além disso, as séries poderiam apresentar novos conceitos para os personagens da Marvel. Os nomes cotados para os cargos de editores são Bill Jemas, Stephanie Moore e Ralph Macchio.
No atual estágio de desenvolvimento, está sendo pedido aos criadores que mandem scripts das séries para aprovação. Apesar de alguns escritores e artistas de renome estarem sendo sugeridos, a editora pretende atingir novos talentos.
Entretanto, Joe Quesada, editor-chefe da Marvel, já deixou claro que quadrinho autoral não tem garantias de boas vendas. A editora publicou duas revistas desse tipo nos últimos tempos (Nightside, de Robert Weinberg; e Eden's Trail, de Steve Uy), mas nenhuma delas foi sucesso comercial.
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