Está chegando ao fim, nos Estados Unidos, a saga Our Worlds at War. A conclusão acontece em World's Finest: Our Worlds at War, com argumentos de Jeph Loeb, desenhos de Ed McGuinness, Doug Mahnke, Mike Wieringo e Cam Smith. A edição tem 48 páginas e capa de Jae Lee.

Loeb falou sobre esses acontecimentos e confirmou que a saga continuará explorando principalmente o Super-Homem, personagem central de todo o evento. "É uma história sobre o que acontece quando você empurra o Homem de Aço até um lugar onde ele nunca esteve antes. A pergunta é: como ele, que supostamente é o melhor de todos nós, um ideal a se alcançar, lida com o pior que podemos ser? Isso é o que veremos", explicou.

No decorrer dos meses, a história cresceu e deixou de ser apenas uma trama contida no universo do Super-Homem. A Mulher-Maravilha, por exemplo, também sofrerá mudanças.

"A guerra acabará com um estrondo, e não em choradeira. Estamos nos esforçando para fazer algo que ecoará por algum tempo, além das mortes. Qualquer equipe criativa pode matar personagens, mas nosso trabalho era fazer isso afetar a vida do Super-Homem. Phil Jimenez (escritor e desenhista de Wonder Woman) levou Diana a uma direção muito forte. Fiquei surpreso e encantado, já que não era um grande fã da personagem, e ele me fez passar a ser", comentou Loeb.

As baixas dessa batalha poderão ser grandes. Aquaman está desaparecido, aparentemente morto. Aço é outra vítima, o que causou confusão. Alguns fãs chegaram a acusar os autores de racismo, já que o herói é um dos principais personagens negros da DC Comics, desde que surgiu, durante a saga O Retorno do Super-Homem, como um dos quatro falsos Homens de Aço.

"Isso é ridículo", respondeu Jeph Loeb. "Aço é/era um grande personagem, não importando se é/era negro, marrom ou rosa. Aquaman também se foi! Então, isso não quer dizer que temos algo contra pessoas que gostam de peixe? Esses personagens morreram porque as pessoas gostam deles. Se matássemos alguém com quem ninguém se importa, do que adiantaria? Quadrinhos são grandes histórias de heroísmo e emoção, e Aço personifica ambos. Nenhuma morte foi para chocar ou surpreender. Tudo foi feito para provocar motivações ao Super-Homem, e Aço é/era um de seus melhores amigos".

Ainda assim, a morte de John Henry Irons é, por enquanto, aparente. Loeb prefere não entrar no mérito da discussão. "Ele está morto. Mas isso não quer dizer que sua história está acabada", disse, enigmático.

Sam Lane, pai de Lois Lane, também morreu, ao se sacrificar para salvar a vida do presidente Lex Luthor. Ele era o Secretário de Defesa do governo americano. Isso pode causar turbulências na vida de Lois e Clark.

Mas outra morte "aparente" deve causar muitos comentários entre os fãs: Martha e Jonathan Kent, os pais de Clark. Consideradas presenças importantíssimas - por fãs e criadores - na história do herói, desde sua reformulação por John Byrne, os dois estão desaparecidos desde que a cidade de Topeka, em Kansas, foi destruída. "Eles eram a moral do Super-Homem, seus pais, seus professores, sua verdadeira Fortaleza da Solidão. Não importa o que acontece durante a guerra. Sem o conhecimento de onde eles estão ou o que aconteceu com eles, tudo o que o Homem de Aço faz vai ser afetado", declarou.

Outras mortes foram as de Guy Gardner, Hipólita e Strange Visitor (Nota do UHQ: personagem ainda não apareceu no Brasil. Veja desenho ao lado). Tudo isso afetará a vida do herói kryptoniano. "Não será fácil voltar para a sua vida de antes. Não no casamento, no trabalho, ou no campo de batalha. Mas sim como isso se manifesta. Em uma nova e mais forte confiança que vem com a maturidade, momentos de horror e confusão, ou felicidade. Você terá que ler a saga para entender o que acontecerá em setembro? Não. Você apenas saberá que o Super-Homem terá que fazer escolhas que afetarão o que ele faz em todas as áreas. Algumas boas. Outras ruins", afirmou.

Lex Luthor também sofrerá conseqüências, e passará por momentos decisivos como presidente dos Estados Unidos.

Steve Lieber será o desenhista de Superman #174, à venda em setembro. "Essa edição lida com os motivos da modificação no uniforme, de onde veio a idéia, o que significa, e como o Super-Homem passa a usá-lo. Steve trouxe o mesmo sabor da mini-série Super-Homem: As Quatro Estações para essa trama. Espero que se emocionem com ela, sendo que se passa em Pequenópolis. Não foi fácil contar essa história. A mãe de Steve morreu enquanto ele estava desenhando a revista. De certa maneira, isso o inspirou a continuar seu incrível trabalho, já que o assunto tem muito a ver. Só por isso, acho que é um testamento ao poder desse personagem. É por isso que amo escrevê-lo", enfatizou Loeb.

O número seguinte, Superman #175, marca 100 edições desde a morte do herói pelas mãos de Apocalypse, que aconteceu em Superman # 175. O vilão já teve uma grande participação na saga Our World at War, e agora voltará. Essa revista faz parte do evento Joker: Last Laugh.