A editora Via Lettera lançou recentemente, nas melhores livrarias e comic shops do País, o álbum Ódio (120 páginas, formato 17 x 26 cm, preto e branco, R$ 22,00), do artista Peter Bagge.

As personagens que compõem o livro são fruto do olhar agudo de seu autor sobre a mesquinhez do nosso dia-a-dia. Ao centrar fogo na mediocridade cotidiana, ele pôs o dedo na ferida de toda uma geração e traçou uma das críticas mais ferrenhas e hilárias aos nossos tempos.

Ao longo dos últimos 20 anos, Peter Bagge consagrou-se como um dos principais quadrinhistas alternativos dos Estados Unidos, seguindo a tradição underground iniciada por Robert Crumb na década de 1960.
Seu traço é deformado e humorístico e seu texto é sempre ácido.

Com os Bradley, que despontaram na série Neat Stuff, ele definiu a disfuncionalidade familiar muito antes de Married with Children fazer sucesso na TV. E, quando Buddy Bradley, o filho mais velho do clã, continuou sua existência fracassada na revista Hate, da Fantagraphics, Bagge pôde explorar o mundo grunge de Seattle numa época em que ninguém fora do estado de Washington tinha ouvido falar em Nirvana.