Paul Gulacy fala sobre a volta do Mestre do Kung-Fu
Personagem muito popular na década de 1970, Shang Chi - mais conhecido como Mestre do Kung-Fu - esteve menos ativo nos últimos anos. Chegou a fazer parte da revista Marvel Knight e algumas aparições especiais esporadicamente, mas nada que relembrasse os velhos tempos.
Mas agora ele está prestes a voltar, numa minissérie em quatro edições, no mês de setembro, pelo selo Max Comics, a linha adulta de quadrinhos da Marvel. E não é só isso. Os responsáveis pelo novo projeto são Doug Moench e Paul Gulacy, os mesmos autores das grandes fases do personagem.
Como se trata da linha Max, a nova série não tem necessariamente relação com a cronologia do herói no Universo Marvel. E vem mais mudança por aí. "Os pijamas vermelhos pertencem ao passado, pessoal. Nossa história se passa depois, com Shang Chi num lugar muito diferente, física e mentalmente melhor", avisa o editor Axel Alonso.
"Tudo está diferente, mas ainda é o mesmo", analisa Gulacy. "Shang Chi tem uma vida pacífica e feliz, e por ele pode continuar dessa maneira". Mas não será isso o que acontecerá.
"Leiko Wu, antigo amor de Shang Chi, ainda é uma agente ativa da inteligência britânica (MI-6)", explica o artista. "Tudo começa com o desaparecimento dela durante uma missão, e o agente Clive Reston procura a ajuda de Shang, que está aposentado, e vivendo numa remota região da China. O desaparecimento da Leiko serve de motivação para ele voltar à ação, porque fica óbvio que ele ainda gosta disso, mesmo após todos esses anos".
Para o desenhista, Moench atualizou o herói para os dias de hoje. "Artes marciais ainda são uma forma muito popular de entretenimento, e acho que passou da hora do personagem voltar. Já deveria ter acontecido há muito tempo. Alguém estava dormindo no ponto", sentenciou.