Fonte: Press Release

Eles são o poder máximo. A última linha de defesa. A única esperança de mudar o mundo. Eles são The Authority, um grupo de super-heróis diferente, que se tornou um enorme sucesso junto à crítica e ao público adulto nos Estados Unidos e na Europa.

Ao contrário das aventuras comuns dos heróis convencionais, publicados por editoras como Marvel e DC, as histórias de The Authority se destacam por serem politicamente incorretas e, mais do que tudo, por abordarem temas nunca antes mostrados nos quadrinhos. Tanto que o título foi tema de matérias em dezenas de revistas sobre entretenimento ao redor do mundo.

A filosofia um tanto fascista desta superequipe é simples: seus inimigos (sejam eles terroristas internacionais, invasores espaciais ou mesmo o governo dos Estados Unidos) devem ser eliminados com a maior rapidez e eficiência possível, mesmo que isso signifique matar sem piedade uma legião de oponentes ou, até mesmo, colocar em risco a vida de milhares de inocentes. Resumindo: bandido bom é bandido morto...

Para eles, o que importa é se o saldo dos inocentes vivos colocados em perigo for maior do que se a ameaça em questão tivesse se concretizado. Tudo é válido na tentativa de transformar o planeta Terra num lugar melhor para se viver. Segundo a premissa do premiado roteirista inglês Warren Ellis (considerado por muitos como o sucessor do genial Alan Moore, e autor de Transmetropolitan, Planetary e Starship Troopers, entre outros), se os super-heróis não querem mudar o mundo, pra que diabos eles servem?

Entre os membros do Authority encontram-se Jenny Sparks, uma mulher de cem anos de idade que controla a eletricidade, considerada "o Espírito do Século XX"; Jack Hawksmoor, um homem que é raptado periodicamente desde criança por alienígenas que fizeram estranhos experimentos com seu corpo para torná-lo quase uma extensão simbiótica de qualquer cidade; Maquinista, uma jovem cujo sangue foi trocado por nano-mecanismos e pode ser considerada o elo perdido entre o ser humano e as máquinas; e Rapina, uma guerreira alada de passado misterioso. Mas os personagens mais polêmicos da série são mesmo Apollo e Meia-Noite, heróis obviamente inspirados em Super-Homem e Batman. A diferença aqui é que os dois mantêm um apaixonado relacionamento homossexual há anos.

Embora mostrado discretamente no início da série, o caso dos dois foi se tornando cada vez mais óbvio para os leitores ao longo dos meses e acabou gerando polêmica quando a igreja e várias entidades atacaram a revista, acusando-a de querer "influenciar de maneira errada a mente dos jovens, apresentando a eles modelos de comportamento homossexuais que poderiam causar confusão e enfraquecer a moral católica", como disse um respeitado arcebispo escocês, em campanha contra o título.

Por outro lado, The Authority foi escolhido como a melhor revista em quadrinhos de 2000 pela Gay & Lesbian Alliance Against Defamation (GLAAD), por ajudar a pregar a tolerância e a aceitação dos modos de vida alternativos.

Mas o mais importante em The Authority são mesmo os incríveis roteiros de Ellis e suas idéias revolucionárias e um tanto subversivas. Na primeira aventura dos heróis lançada no Brasil, a minissérie Círculo do Medo, o grupo enfrenta Kaizen Gamorra, um terrorista internacional com centenas de seguidores fanáticos. Logo nas primeiras páginas, um atentado de proporções inéditas destrói boa parte de Moscou, na Rússia, deixando milhares de mortos.

Enquanto a ONU tenta negociar de maneira pacífica uma trégua para impedir novos ataques, os super-heróis independentes do Authority saem em campo, bem a tempo de impedir outro atentado devastador, desta vez contra Londres, capital da Inglaterra.

Paralelamente a uma investigação desesperada para descobrir qual será o terceiro alvo de Gamorra, os heróis travam uma das batalhas mais violentas e sangrentas da história dos quadrinhos contra uma legião de homens dispostos a dar a própria vida por seu líder. Com sua violência chocante, The Authority prova que não tem medo de mostrar aquilo que outros quadrinhos de super-heróis nunca ousariam.

Mas isso é apenas o começo. Nos números seguintes, o roteirista Ellis, o desenhista Bryan Hitch (de X-Men, Liga da Justiça), o arte-finalista Paul Neary (de Nick Fury, Capitão Bretanha), e a premiadíssima colorista Laura Depuy fazem os super-heróis enfrentar invasores de outras dimensões, ditadores corruptos e, até mesmo, um estranho ser todo-poderoso que pode ser... Deus.

Inovador e corajoso, The Authority - Círculo do Medo (minissérie em duas partes, formato 15 x 23 cm, R$ 4,50) é o mais novo lançamento da Pandora Books.