A Via Lettera Editora lança o álbum Front, uma antologia brasileira de HQs autorais, com periodicidade trimestral.

Intercalando HQs longas e curtas, os autores de FRONT nº 7 fazem uma autocrítica da função de cartunista e quadrinhista no seio da nossa imberbe democracia - Somos artistas? Estamos em uma democracia?

Guazelli abre a edição com o futuro lúgubre de um campo de concentração para quadrinhistas; Spacca, em roteiro de Marcelo de Andrade, revela a relação simbiótica entre um cartunista e sua vítima, o político corrupto; o "storyboardista" de Maxx comete os crimes que servem de tema para seu trabalho; Maringoni sonha com a morte dos aviões de combate; Wander Antunes apresenta, no traço de Gustavo Machado, sua personagem Dora; Kipper compõe uma alegoria muda sobre a democracia; Ducca decanta as baixarias eleitorais com seu "cordel elétrico"; Caco Xavier alinhava sua HQ-reportagem nos morros do Rio; e Custódio tece uma fábula sobre as ironias da democracia, enquanto Cau Gomez, Galhardo, Fábio Zimbres, Bueno e Jal encerram o time de artistas.

Moacyr Scliar, Barbara Gancia, Dráusio Varella e Aureliano Biancarelli, invertem o processo dito normal, "ilustrando" com palavras uma imagem de Kipper. Já o ensaio sobre trabalho e arte de Pepe Casals baseia-se no conceito de play while you work, work while you play.

A edição completa-se com vários anúncios virtuais, uma seção de cartas polêmica e cartuns mesclando novatos com "cobras criadas" como Faoza, Orlandelli, Jorge Arbach, Marcelo de Andrade, Darisbo, Artur de Carvalho, Garcia, Orlando e Galvão.

Front nº 7 tem 144 páginas, e custa R$ 25,00.