A Moulinsart, sociedade que administra a obra de Hergé, se pronunciou sobre a polêmica decisão da justiça holandesa, no dia 26 de maio passado.

O comunicado à imprensa, divulgado no site Tintim, diz que a Moulinsart e a editora Casterman foram surpreendidas pela decisão da Corte de Apelos de Haia, na Holanda.

Segundo essas empresas, a corte confundiu completamente os direitos relativos ao Tintim, que são de propriedade, respectivamente, da Éditions Moulinsart SA e da editora Casterman.

De acordo com o contrato entre essas empresas, Hergé cedeu à editora Casterman os direitos de publicação dos álbuns Aventuras de Tintim, em papel, em todas as línguas. Todos os outros direitos, inclusive a publicação de desenhos, tiras, produção de moedas, selos e outros produtos continuam sendo propriedade de Hergé - na prática, de sua viúva, a única herdeira - e administrados pela Moulinsart de maneira separada.

Consequentemente, apenas a Casterman pode publicar os álbuns Aventuras de Tintim e só a Moulinsart pode produzir ou autorizar a produção e reprodução de desenhos, vinhetas, tiras mostrando Tintim e outros personagens de Hergé.

A Moulinsart pretende perseguir todos os caminhos existentes na legislação holandesa para modificar a decisão judicial.