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Dias Gigantes – Volume Dois

Editora DevirR$ 58,00112 páginasLançado em outubro de 2019
John Allison (roteiro), Lissa Treiman e Max Sarin (desenhos) e Whitney Cogan (cores) – Originalmente em Giant Days # 5 a # 8 (2015). Tradução de Guilherme Miranda.
16 agosto 2021

Sinopse

Três amigas vivem seu novo cotidiano na universidade, com alegrias, decepções amorosas e aventuras inesperadas.

Positivo/Negativo

John Allison criou um trio encantador de protagonistas em Susan, Esther e Daisy. A primeira, visualmente relaxada e propensa à irritação. A segunda, gótica, pálida e sempre alternando entre a animação e o melodrama. E a terceira, doce e otimista (ou ingênua).

Dias Gigantes começou como uma webcomic, derivada de uma HQ anterior escrita e desenhada por Allison: Scary-Go-Round. Esther fazia parte do elenco coadjuvante da anterior e se tornou uma das protagonistas aqui, e seguiu por um tom diferente, trocando o sobrenatural pelo humor cotidiano.

A webcomic evoluiu para uma minissérie em seis edições, da qual os dois últimos capítulos abrem este volume. Eles são melhores que os dois últimos, sobretudo pelas ilustrações de Lissa Treiman.

Animadora da Disney (está na equipe de Enrolados, Zootopia e outros), ela entrega um visual detalhado, muito expressivo e deliciosamente cartunesco.

Os dois capítulos finais deste volume são os que abrem o título mensal. O ilustrador passou a ser Max Sarin, com desenhos menos sofisticados e inspirados – tanto nas expressões, como nos cenários. Não é um mau trabalho, mas a comparação com a primeira metade do álbum é desfavorável.

Mas o roteiro de Allison continua ótimo pelo álbum todo. Com base em diálogos sempre espirituosos, ele usa uma estrutura em que praticamente cada página conclui uma mininarrativa que faz parte de uma trama maior.

É quase como se fosse uma coletânea de páginas dominicais de uma tira com uma história longa, em que a cada domingo a situação continuava, mas havia sempre o fechamento da cena da semana.

Os assuntos vão de temas mais corriqueiros, como os desencontros românticos do trio, até a inesperada trama de Susan tendo de ser resgatada de uma boate onde é mantida prisioneira. Nos dois tipos de situação, o roteiro mantém bem a verve da série, que é sua principal qualidade.

Em 2016, ano seguinte à publicação dessas histórias, Dias Gigantes foi indicada a dois prêmios Eisner (série limitada e roteirista/artista) e quatro Harvey (nova série; novo talento, para Lissa Treiman; publicação gráfica original para jovens leitores; série limitada ou contínua). Ganharia dois Eisner em 2019.

No total, foram 54 edições, mais quatro especiais, reunidas depois em 16 álbuns. Portanto, ainda há muito para ver dessas três personagens que têm muito a crescer.

Classificação:

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