100 Balas – Irmão Lono
Editora: Panini Comics – Edição especial
Autores: Brian Azzarello (roteiro), Eduardo Risso (desenho) e Patricia Mulvihill (cor) – Originalmente em Brohter Lono # 1 a # 8.
Preço: R$ 23,90
Número de páginas: 192
Data de lançamento: Maio de 2015
Sinopse
Após os eventos de 100 Balas – Fim de Jogo, Lono fugiu e foi parar na igreja do padre Perez, nos arredores de Durango, no México.
Após se confessar, se batizar e se tornar irmão Lono, ele ficou para ajudar o padre a tomar conta da paróquia e dos órfãos residentes.
Enquanto isso, Las Torres Gemelas, o cartel de tráfico de Durango, está expandindo seu território e os arredores da igreja e os órfãos estão na sua mira.
Positivo/Negativo
Lono é daqueles personagens que roubam a cena desde sua primeira aparição. Seu porte assustador, as camisas havaianas extravagantes, os charutos e, principalmente, sua brutalidade lhe garantem muito destaque no decorrer da longa trama de 100 Balas.
No fim da série, ele era só mais uma peça no jogo do Agente Graves, mas, para o leitor, era um personagem instigante e, como se prova nesta HQ, com estofo o suficiente para ganhar uma aventura à parte, sem nenhuma ligação com 100 Balas.
Aliás, é importante ressaltar isso. É difícil compreender totalmente a história de Irmão Lono sem ter lido 100 Balas, mas, fora o fato de compartilharem o mesmo personagem e a atmosfera de violência, as tramas não têm relação. Então, não leia este álbum esperando alguma resposta sobre o Truste ou os Minutemen.
O enredo deste álbum segue a linha de ação que se tornou a sinopse de dezenas de filmes recentes, como O Protetor, John Wick, Rage e O último desafio: um ex-assassino profissional deixa o passado para trás e passa a ter uma vida tranquila, até que alguém ameaça as pessoas próximas a ele.
O protagonista é descrito várias vezes durante 100 Balas como um selvagem. Então, sua tranquilidade na primeira parte da história pode tanto ser parte de um verdadeiro arrependimento, quanto uma consequência de um mecanismo de segurança que o Agente Graves alegou ter implantado em Lono para torná-lo mais manejável, se fosse necessário.
O fato é que Lono não só está tranquilo, como toma precauções (como dormir em uma cela na cadeia) para que seu lado violento não estrague sua nova vida.
Obviamente, desde a primeira página o leitor espera que Lono volte a ser o assassino irrefreável e protagonize uma grande sequência de ação.
Ou seja, a história de Irmão Lono não é tão intrincada e elaborada como de 100 Balas, mas é uma HQ de ação extremamente honesta, com uma narrativa ágil e direta.
E tem os desenhos precisos de Eduardo Risso, que fazem qualquer história valer a pena. Ainda mais acrescidos das belas cores de Patricia Mulvihill.
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