Batman – The Dark Prince Charming – Volume 2
Editoras: DC Comics e Dargaud – Edição especial
Autor: Enrico Marini (roteiro e arte).
Preço: € 15,00
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Julho de 2017
Sinopse
Batman enfrenta o Coringa na tentativa de salvar Alina, enquanto a Mulher-Gato continua interferindo nessa disputa, que também inclui a Arlequina. Mas quem é o pai de Alina, afinal?
Positivo/Negativo
A edição segue do ponto no qual parou o volume anterior, sem introduções, e não possui material extra, ao contrário do primeiro livro.
Enrico Marini, de As Águias de Roma e O Escorpião, mantém a qualidade artística da edição anterior, com desenhos dinâmicos e uma paleta de cores bastante agradável, que alterna entre tons frios e quentes e ajuda a dar ritmo e criar o clima da HQ.
Logo no início, a luta de Batman com a Gangue dos Palhaços é uma homenagem óbvia ao início de Akira – no qual o personagem principal enfrenta um grupo de motociclistas homônimos. A brincadeira inclui até um quadro mostrando Gotham numa visão do alto, que poderia ser facilmente confundida com Neo-Tóquio.
O destaque do álbum fica com a caracterização do Coringa, muito mais próximo das HQs clássicas do vilão – e também da versão animada da série Batman. Ele toca piano e dança cantando na chuva, sempre alternando a lucidez com a loucura.
O autor também mostra uma versão drag do Coringa e até outra, mais moderna, que remete ao visual mais recente do criminoso no cinema.
Arlequina e Mulher-Gato também estão bem representadas, embora não sejam as estrelas. Um dos capangas do Coringa, o palhaço triste, surpreende em vários momentos, como um personagem com mais potencial.
A história é movimentada, com muita ação e não vai desapontar os fãs do Cavaleiro das Trevas.
O roteiro não tem o mesmo clima das HQs atuais do Batman, é mais solto e com mais humor. Neste volume, a sensação de que o Batman do desenho animado foi a maior influência de Marini se solidifica. E, apesar da simplicidade do argumento, existem algumas surpresas, e o resultado final é muito mais satisfatório do que a média das aventuras do gênero.
No final da história, Batman – The Dark Prince Charming é uma leitura leve, acima da média, e um colírio para os olhos.
Classificação: