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Reviews

Dark Knight III – The Master Race # 1

27 novembro 2015

Editora: DC Comics – Minissérie em oito edições

Autores: Frank Miller (roteiro e desenhos), Brian Azzarello (roteiro), Andy Kubert (desenhos), Klaus Janoson (arte-final), Brad Anderson e Alex Sinclair (cores).

Preço: US$ 5.99

Número de páginas: 80

Data de lançamento: Novembro de 2015

Sinopse

O Batman não é visto há três anos, e reaparece justamente quando a polícia está perseguindo um suspeito. Mas os alvos do Cavaleiro das Trevas são justamente os policiais.

Enquanto o Departamento de Polícia de Gotham City se mobiliza para encurralar o vigilante, Mulher-Maravilha e Supermoça cuidam de seus próprios problemas. E o que aconteceu com o Superman na Fortaleza da Solidão?

Positivo/Negativo

Frank Miller retorna ao trabalho de maior sucesso de sua carreira para contar mais um capítulo de Cavaleiro das Trevas, clássica história criada por ele em 1986. Não que esta seja a primeira vez, pois, em 2001, isso já havia acontecido sem o resultado esperado.

Cavaleiro das Trevas 2 foi uma obra bastante polêmica. Retomar um trabalho tão aclamado não é fácil, e raramente consegue-se chegar ao mesmo nível. Isso piora quando as propostas são tão diferentes.

Enquanto a minissérie original era uma história do Batman, a segunda expandiu os assuntos abordados e tornou-se uma história do Universo DC dentro daquela cronologia. Assim, diversos heróis foram introduzidos, e a abordagem mudou.

O choque foi maior com as terríveis cores de Lynn Varley, que fez um belo trabalho no primeiro projeto, mas, no segundo, ainda não sabia como usar a tecnologia digital. O traço de Miller também havia mudado, e estava mais caricatural.

Isso leva a Cavaleiro das Trevas 3, lançado nesta semana pela DC Comics, nos Estados Unidos. Nesta nova minissérie em oito edições, Frank Miller – com problemas de saúde há algum tempo – não está mais sozinho. Brian Azzarello entra para ajudar no roteiro, e Andy Kubert na arte.

A entrada da dupla provavelmente terá um impacto positivo, pois os autores dividirão ideias e trarão um ar mais contemporâneo ao trabalho. Entretanto, é estranho ver uma história no universo de Cavaleiro das Trevas com um traço diferente. É como se algo se algo estivesse faltando.

O que a nova obra comprova é não se tratar mais do Batman. É claro que o herói tem uma posição de destaque, mas parece que agora será sempre uma aventura do Universo DC dentro dessa continuidade.

A trama começa com o Batman voltando à ativa após ficar três anos desaparecido, e justamente atacando policiais. Mais de uma referência é feita à atual polêmica envolvendo a polícia dos Estados Unidos, acusada de abuso de poder, especialmente contra afro-americanos, e as manifestações populares contra esses atos.

A repercussão na mídia é outra ferramenta narrativa que retorna aqui, com diversos âncoras de telejornais dos Estados Unidos comentando as ações do herói.

Mas se esta primeira edição pode ser resumida de alguma maneira, é assim: trata-se da tomada de poder das mulheres. Os autores dão todo o destaque para elas, principalmente a Carrie Kelley, que tem um papel vital no desenrolar dos acontecimentos.

Além dela, há a Comissária Yindel, a Supermoça e a Mulher-Maravilha. A Princesa Amazona é inspirada no mangá Lobo Solitário, com seu filho a tiracolo enquanto enfrenta ameaças, mas sempre com um tempinho extra para amamentar o bebê.

No final, um desfecho que deixará muitos leitores surpresos e curiosos com a próxima edição.

O lançamento vem acompanhado de uma minirrevista, similar ao formatinho existente no Brasil. Essas publicações extras destacarão sempre um personagem diferente e, para a estreia, o escolhido foi Eléktron.

Aqui, sim, o projeto toma mais cara de Cavaleiro das Trevas, especialmente porque Frank Miller é o responsável pelos desenhos. Muitos leitores se assustaram com as artes de Miller que foram divulgadas recentemente, mas ela está bem mais contida e tradicional nessas páginas.

Sem falar na narrativa peculiar do autor, fã de noir e de enquadramentos diferentes. Em uma das sequências, a página é inteiramente preta, com apenas um vão branco da porta se abrindo.

Curioso também ver o contraste do traço característico dele, normalmente visto em preto e branco ou com cores tradicionais, atualizado por técnicas modernas de colorações digitais.

É difícil saber como será o desenrolar do projeto ao ler apenas esta primeira edição, pois serve mais de introdução e preparação para o resto da aventura. Certamente não é o desastre esperado por muitos, mas também não é algo memorável como a obra original.

Realiza o seu trabalho de fazer o leitor voltar para a segunda edição. E, por enquanto, isso pode ser bom o suficiente.

Classificação

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