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Reviews

Fifo

15 março 2016

FifoEditora:  Independente – Edição especial

Autor: Guilherme de Sousa (roteiro e arte).

Preço: R$ 15,00

Número de páginas: 40

Data de lançamento: Novembro de 2015

Sinopse

Um ursinho de pelúcia ganha vida quando o Apocalipse Zumbi chega até a casa de seu pequeno dono. Agora, ele fará de tudo para protegê-lo dos terríveis mortos-vivos!

Positivo/Negativo

A revista em quadrinhos independente Fifo é uma prequela do ótimo A Última Bailarina, lançado em 2014. Então, para evitar redundância, clique no link e leia a análise da obra anterior. Sem pressa, pois este texto não vai fugir, ele ficará por aqui, no aguardo.

Dito isso, é hora de seguir em frente.

A arte de Guilherme de Sousa remete a animações no estilo do Cartoon Network, mas a trama está mais para Adult Swim (os desenhos voltados para adultos). Ou seja, as HQs do autor são para o público maduro.

Todos os personagens de A Última Bailarina são pra lá de carismáticos. Assim, tomara que cada um ganhe seu próprio título para explicar como eles chegaram ali.

Este especial conta a história de Fifo, um urso de pelúcia bonzinho e carinhoso, que vive mil e uma aventuras com seu pequeno dono no melhor estilo Lá lá lá lá lá lá Sing a Happy Song (música tema dos Smurfs, que foi devidamente ouvida para relembrar e contar quantos “lás” esse trecho tem) – e o mais bacana: é mesmo muito “fofinha” e tocante essa parte.

No entanto, uma noite, o pai do menino, com o braço machucado, o coloca para dormir. Na madrugada, estranhos ruídos chamam a atenção... Era ele, transformado em zumbi, comendo a esposa. Literalmente, que fique claro.

Neste momento, o ursinho, até então inanimado, subitamente adquire vida e impede que a criança faça barulho, tirando-a da casa. Sozinhos, os dois fogem da cidade até encontrar uma casa abandonada e montar residência por lá. Mas os zumbis estão em todos os lugares e as coisas não vão acabar nada bem.

A trama é toda muda – mérito do autor, que trabalhou muito bem o storytelling – e as expressões dos personagens são suficientes para fazer o leitor mergulhar de cabeça na jornada de Fifo e seu dono e melhor amigo.

Embora o humor cáustico não esteja tão em voga aqui quanto em A Última Bailarina, o nonsense das situações é tão crível quanto incrível. E o fato de o ursinho posteriormente passar a ser um sujeito muito mal-humorado, ranzinza e desbocado, além de ganhar um tapa-olho, está todo bem explicado.

Enfim, antes que o apocalipse zumbi ocorra, fica a dica: olho no Guilherme Sousa (nem que, como o Fifo, seja com o que restou). Vale a pena.

Classificação

4,0

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