Guerra Civil
Editora: Panini Comics
Autores: Mark Millar (roteiro), Steve McNiven (desenhos), Dexter Vines, John Dell e Tim Townsend (arte-final) e Morry Hollowell (cores).
Preço: R$ 58,00
Número de páginas: 208 páginas
Data de lançamento: Agosto de 2010
Sinopse
Durante a gravação de um reality show protagonizado por super-heróis, a situação foge do controle e acaba em tragédia: um bairro inteiro é explodido e dezenas de inocentes acabam mortos.
O governo decide, então, obrigar todos aqueles que possuem superpoderes a se registrar. Quem passa a fazer com que a lei seja cumprida é um grupo liderado por Tony Stark.
Mas nem toda a comunidade de superseres aceita a obrigatoriedade do registro passivamente; e os rebeldes liderados pelo Capitão América decidem enfrentar o governo.
Positivo/Negativo
De todas as megassagas que, de tempos em tempos, invadem o mercado de quadrinhos, poucas realmente merecem ser lembradas em edições de luxo. Guerra Civil, certamente, é uma delas.
Mark Millar, um grande roteirista que às vezes escreve histórias capengas de heróis quando precisa de dinheiro, resolve empregar todo o seu talento para criar um roteiro divertido e, ao mesmo tempo, inteligente e bem amarrado. A partir de uma questão puramente política - o registro obrigatório dos superseres -, os conflitos começam a aparecer.
Antes de tudo, é interessante acompanhar a decisão dos heróis - quem apoia Tony Stark e quem segue o Capitão América. Os próprios conflitos ideológicos entre os dois líderes, se não podem ser considerados memoráveis, ao menos são inteligentes.
Também vale a pena acompanhar a mudança de alguns dos personagens, que começam de um lado e mudam para o outro ao longo da trama. A aparição do Justiceiro é outra que merece destaque.
Os fãs de ação não têm do que reclamar: a série é recheada de brigas, com direito a herói morto, vilões recrutados pelo governo e muito sangue. É pancadaria atrás de pancadaria.
Steve McNiven possui um traço realista, que parte do padrão norte-americano (homens fortões e mulheres sempre atraentes) para criar um estilo rapidamente identificável - e admirável. As cenas de ação são bem construídas e garantem a fluidez da narrativa, o que torna o roteiro ainda mais interessante.
A edição da Panini valoriza o trabalho dos artistas. O único problema fica por conta dos tímidos extras. Foram incluídas apenas as capas originais e algumas variantes. Um álbum tão caro e bonito merecia mais.
Classificação
.