Lost Kids – Buscando Samarkand
Editora: Independente – minissérie em oito partes
Autores: Felipe Cagno (roteiro), Ben Vazquez, Joey Vazquez, Rafael de Latorre, Wilton Santos, René Cordova, Luís Figueiredo, Noel Rodriguez, Ivan Anaya e César Gaspar (desenhos), Everardo Orozco, Clonerh Kimura, Michael Perez, Derek Dow e Eddie Swan (cores).
Preço: Indefinido
Número de páginas: 232
Data de lançamento: Setembro de 2013 (digitalmente).
Sinopse
Um grupo de cinco amigos adolescentes – Tommy, Jean, Kate, Peter Beaux e Sarah Beckin – é misteriosamente transportado para um fantástico mundo onde reinam a aristocracia, tecnologia steampunk e magia.
Nesse novo mundo, eles precisam se unir a curiosos personagens na busca de uma cidade lendária, com a esperança de retornarem para casa.
Positivo/Negativo
Lost Kids, criado por Felipe Cagno, foi concebido originalmente como um roteiro de cinema e, mais tarde, transformado em uma minissérie em quadrinhos de oito partes.
A história é uma aventura fantástica com elementos de fantasia, que se passa em um mundo totalmente diferente do nosso, com reis, princesas, guerreiros, magos e monstros. O leitor conhece esse mundo por meio de cinco amigos que são transportados para essa realidade graças a uma misteriosa esfera e logo começam a perceber que este estranho lugar se parece com a história em quadrinhos que Tommy havia criado.
Mas eles estão vivendo a história de Tommy, ou ele, de alguma maneira, tinha lembranças desse lugar místico? A partir daí, toda a trama se desenrola.
Felipe Cagno cria elementos interessantes, explora as desavenças entre os personagens e mistura tudo com muita aventura. A história deve agradar especialmente aos leitores mais novos, pois apresenta muitos atrativos para esse público e é fácil visualizá-la como uma animação. É possível perceber influências de obras como As Crônicas de Nárnia e Stardust.
Além disso, todos os conceitos desenvolvidos deixam as portas abertas para que esse mundo seja revisitado e ampliado em futuras publicações. O potencial para isso existe.
Desenvolvida como uma minissérie em oito partes, Lost Kids possui uma ampla equipe artística (desenhistas e coloristas), que varia a cada capítulo. Isso acaba atrapalhando a fluidez da narrativa em certos momentos, pois algumas inconsistências dos personagens transparecem de um artista para o outro. Entretanto, vale destacar especialmente os trabalhos de Rafael de Latorre e César Gaspar.
Atualmente, Lost Kids – Buscando Samarkand busca financiamento no Catarse para que seja publicado um encadernado em capa dura da história completa. Dependendo do valor colaborado pelos apoiadores, a edição impressa poderá ser adquirida, inclusive com um artbook e outras recompensas. Na data de publicação desta resenha, ainda faltavam 18 dias para o prazo do crowdfunding terminar.
Classificação