Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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Moon Knight # 2

8 agosto 2014

Moon Knight # 2Editora: Marvel Comics – Revista mensal

Autores: Warren Ellis (roteiro), Declan Shalvey (arte) e Jordie Bellaire (cores).

Preço: US$ 3,99

Número de páginas: 32

Data de lançamento: Abril de 2014

Sinopse

Nove ex-agentes especiais são alvo de um atirador, que foi parte do mesmo grupo e deseja vingança.

Positivo/Negativo

Na segunda edição da nova revista do Cavaleiro da Lua, Warren Elis dá continuidade a sua proposta de contar histórias isoladas, completamente independentes das aventuras anteriores, fugindo da convenção em vigor no gênero.

O resultado é um sopro refrescante e até um pouco nostálgico – remetendo a décadas passadas, quando as aventuras dos heróis eram simples, divertidas e curtas.

Aqui, Ellis não precisa mais situar o personagem, pois já fez isso na edição anterior e pode ser dedicar apenas à trama.

O leitor é sumariamente jogado no meio da aventura, que novamente apresenta uma situação interessante e estabelece um bom equilíbrio entre desenvolvimento narrativo e a ação necessária numa trama de super-heróis.

Ellis continua demonstrando a loucura de Marc Spector. Num determinado momento do confronto entre o Cavaleiro da Lua e o atirador, o vilão pergunta: “Por que não consigo atingi-lo?”. Spector responde: “Porque não existo”.

Não é a primeira vez que Ellis brinca com o Cavaleiro da Lua. Ele usou o personagem no seu arco em Secret Avengers, em 2010. Numa passagem memorável de Secret Avengers # 16, o Fera descreve o herói como sendo “...quase um psicopata, que se veste em público com um saco branco enfiado na cabeça...”

Declan Shalvey e a colorista Jordie Bellaire (que ganhou o Prêmio Eisner de 2014, pelo seu trabalho em outros títulos) continuam demonstrando grandes habilidades artísticas. O uso das cores realça os elementos das páginas, que são muito bem planejadas.

A sequência de luta entre os protagonistas é particularmente empolgante.

Shalvey continua fazendo bom uso do uniforme do herói (diferente do terno branco usado na edição anterior) e de sua iconografia, que sempre estão em destaque.

Esses elementos de design também são utilizados na ótima capa da edição.

O interessante é que o grande vilão da história não são os personagens – lembrando que nenhum deles, nem mesmo o herói ou seu antagonista, são inocentes –, mas o mercado financeiro.

Classificação

4,0

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