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O Cramulhão e o Desencarnado

27 março 2020

O Cramulhão e o DesencarnadoEditora: Independente – Edição especial

Autores: Lillo Parra (roteiro) e Gilmar Machado (desenhos).

Preço: R$ 48,00

Número de páginas: 136

Data de lançamento: Dezembro de 2019

Sinopse

Alceu morreu e sua alma desapareceu.

Mas com o diabo ele tinha negociado, e o tinhoso agora quer o que foi combinado.

Só que Alceu é esperto e sumiu com a própria alma, isso é mais que certo.

Sobrou para os parentes, que vão precisar rebolar, para o plano funcionar!

Positivo/Negativo

Por um minuto, esqueça a “jornada do herói”, os manuais de roteiro, o storytelling (e tome anglicismo). Mas não de onde vieram as nossas raízes de contadores de histórias: do passado. Do interior deste país gigante. De nossos antepassados, principalmente.

Quem não sabe de um avô ou avó famoso por contar histórias? É causo pra cá, causo pra lá. E disso saíram nossa mais rica tradição oral, nossas festas, nossos costumes. Toda a linda mistura que forma um povo.

Se parece exagero este preâmbulo, o leitor ainda não viu nada. Quem exagerou foi o Alcebíades. Mas, respeito, porque Alceu (como ele é chamado) morreu. Quer dizer, mais ou menos. Na verdade, o corpo morreu. Mas a alma, que coisa, sumiu! Desapareceu! Escafedeu-se!

Até aí, tudo bem. O problema é que Alceu tinha um pacto com o demo. O cramulhão do título. Um diabinho, vá lá. E o bicho está bravo que ele só.

Aliás, ele está tão bravo, que vai atacar os amigos e parentes de Alceu para achar a alma do finado de qualquer jeito, pois tem um tempo limitado para isso.

Só que, no jogo da astúcia, ganha quem planeja melhor. Ao medirem forças nas artimanhas, vai sobrar pra Iza, Dilão e Bartô salvar – ou não – a alma de Alceu.

Recheada de saborosas metáforas visuais (o diabo que o diga), a trama desta HQ combina sobremaneira o expressivo estilo cartunesco da arte de Gilmar com as maquiavélicas tramoias boladas por Lillo Parra.

No posfácio, o quadrinhista Laudo Ferreira cita mais de uma vez a palavra “brasilidade”. Difícil conceber outra que englobe tão bem a feitura desta história em quadrinhos, que inspira e exala coisas tão nossas.

Afinal, a malandragem que permeia a cultura nacional não é necessariamente algo ruim – ao menos, quando se trata de combater o mal. E, de quebra, a obra faz o leitor rir. E rir faz bem pra alma! Isso se soubermos onde ela está...

Classificação:

4,5

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