Old Boy # 1
Editora: Nova Sampa - Revista mensal
Autores: Garon Tsuchiya (roteiro) e Nobuaki Minegishi (arte).
Preço: R$ 10,90
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Fevereiro de 2013
Sinopse
Após dez anos preso sem qualquer razão em um cubículo, um homem é solto e começa a investigar a identidade do responsável pelo seu misterioso calvário.
Positivo/Negativo
Vingança. É este o eixo condutor de Old Boy. Depois de uma década encarcerado em um cubículo, um homem cujo nome não é revelado neste primeiro número mergulha numa investigação sobre quem o prendeu durante todo este tempo.
Sem querer revelar sua história para o mundo, nem poder voltar para seus entes queridos, o protagonista se vê sozinho, sem dinheiro, sem ter onde morar e sem passado.
Aos poucos, o leitor vai conhecendo o seu cotidiano dentro do cubículo, enquanto ele ia se adaptando a essa situação. A rotina de treinamento, a sua única companhia, uma pequena TV, que servia como janela para o mundo, a angústia de não saber por que foi preso e por quanto tempo ficaria ali. Tudo vem em forma de flashback, enquanto ele procura um novo nome, um lugar para morar, como conseguir dinheiro, um emprego.
O protagonista é lacônico, praticamente não fala e, quando o faz, usa frases incisivas, diretas, consequência do peso dos anos de cárcere. Mas não é só ele. O mundo criado pelo roteirista Garon Tsuchiya é direto e seco, os diálogos são sempre muitos simples e até a personagem mais efusiva, Eri, se comunica de maneira concisa, como se a solidão tivesse marcado todos os personagens, sem exceção.
E a arte competente e sem exageros de Nobuaki Minegishi contribui para construir esse cenário.
Publicada entre 1996 e 1998 a história foi adaptada para cinema em 2003 pelo sul-coreano Park Chan-Wook. O filme virou cult e parte de uma trilogia maior sobre vingança. Chegou ao Brasil muito antes do mangá.
A bola fora da edição fica por conta do trabalho de divulgação da Nova Sampa. Sem divulgar uma sinopse ou qualquer tipo de resumo (nem mesmo na contracapa há essa informação, e o miolo tem várias páginas de anúncios), ela perdeu a oportunidade de ligar o mangá ao filme, bem mais conhecido do publico brasileiro.
Classificação