Rurouni Kenshin – Crônicas da Era Meiji # 10
Editora: JBC – Revista mensal
Autor: Nobuhiro Watsuki (roteiro e arte).
Preço: R$ 13,90
Número de páginas: 192
Data de lançamento: Agosto de 2013
Sinopse
Após ter a espada destruída na luta contra Soujirou Seta, Himura vai em busca de alguém que possa forjar uma nova sakabatou, necessária para deter Makoto Shishio da tentativa de tomar o país. Além de procurar pelo paradeiro de Seijurou Hiko.
Já em Kyoto, Kaoro e Yahiko se hospedam no restaurante Shirobeko, da irmã da Tae. Enquanto não descobrem o paradeiro de Kenshin, eles ajudam nos serviços do local.
Kenshin conseguirá uma nova sakabatou? Quem será Seijurou Hiko e qual a importância de encontrá-lo em um momento como esse? Acontecerá o reencontro de Kaoru e Kenshin?
Positivo/Negativo
Mais uma vez, o amável andarilho, mostra o quanto preza a paz, deixando de lado a necessidade de sua espada para permitir que a família de Seiku Arai viva sem envolvimento com a violência.
Pois foi por essa paz que Himura se tornou o lendário retalhador. Seiku era sua última esperança, mas apenas forja facas e outros utensílios.
Interessante que Nobuhiro mostra novamente a felicidade de Kenshin em encontrar pessoas vivendo como essa família. Talvez sentindo que não tenha sido um retalhador em vão no passado. Não que não se arrependa de ter matado, mas isso apenas ameniza o seu sentimento.
O problema é Chou, membro da juppon-gatana que luta por Shishio, tenta acabar com essa paz.
Ele procura o paradeiro da última espada forjada pelo falecido Shakku, pai de Seiku, e para isso sequestra seu filho. Então, Kenshin entra em uma nova batalha, mas sem sua espada.
O roteiro de Watsuki se afasta um pouco do objetivo principal, mas sem se perder, pois Kenshin precisa de uma espada para lutar contra Shishio e seus capangas. E, ainda assim, apresenta um novo personagem ligado ao seu inimigo principal. Chou tem suas habilidades com a espada, além de ser um colecionador das mesmas.
O autor, como nos nove volumes anteriores, mostra um desenho lindo, sendo detalhista em diversos momentos e com cenários maravilhosos retratando o Japão da era Meiji. Ainda que em cenas de batalhas tenha o traço um pouco sujo. Mas, com certeza, é um excelente mangá no que tange ao visual.
A edição da JBC é excelente, com papel e impressão de boa qualidade, notas culturais e explicativas, além de no final ter a palavra do autor, como nos volumes originais japoneses.
No caso da palavra do autor, nem todos os volumes possuem essa seção, mas alguns trazem duas, seguidas de notas esclarecendo em qual volume original foram publicadas.
Os pontos fracos ficam com as notas explicativas publicadas nas próprias páginas em que as menções acontecem. Elas muitas vezes sobrepõem a arte. A melhor maneira seria destinar uma página para esses materiais, como um glossário.
Esta edição tem ainda uma mancada de revisão: na página 168, no título do capítulo 84, está escrito “miscípulo”, em vez de “discípulo”.
Enfim, Rurouni Kenshin é um dos melhores mangás sendo publicados (republicado, no caso) hoje no Brasil, principalmente para quem gosta da cultura e história japonesas ou apenas tem admiração pelos samurais.
É difícil, ao terminar de ler cada volume, não ficar na expectativa pelo próximo número.
Classificação