Shazam! & A Sociedade dos Monstros
Editora: Panini Comics – Edição especial
Autores: Jeff Smith (roteiro e arte) e Steve Hamaker (cores) – Publicado originalmente em Shazam! The Monster Society of Evil # 1 a # 4.
Preço: R$ 27,90
Número de páginas: 208
Data de lançamento: Novembro de 2014
Sinopse
Jeff Smith, criador do genial Bone, reconta a origem do Capitão Marvel, revelando como o órfão Billy Batson virou o campeão da justiça da Terra.
Positivo/Negativo
Bone é uma das melhores histórias em quadrinhos de aventura já escritas. Isso é quase unanimidade entre os fãs. Neste álbum, o escritor e desenhista empresta seus dotes para que a DC Comics reconte a história de um dos seus mais poderosos super-heróis.
A trama é simples e, ao mesmo tempo, cativante. Smith apresenta toda a inocência e a pureza de uma América otimista do pós-guerra para os dias atuais. Sim, a história se passa em 2007, mas a sociedade em que Batson vive parece saída diretamente dos anos 1950. Não fossem as aparições de celulares e outras traquitanas, poderia se dizer até mesmo que era ambientada naqueles Estados Unidos antigo.
Para dar o tom singelo e infantil, a obra já começa com um anagrama que o leitor precisa “decifrar” para saber o título. Ele é chamado de “código da sociedade dos monstros” e está presente em todos os capítulos.
A história, apesar de infantil, prende a atenção até do mais mal-humorado adulto.
Jeff Smith entrega ao leitor personagens muito bem delineados e cheios de magia, alegria e diversão, como Billy, Shazam, o Mago, a Mary Marvel e até o tigre Seu Malhado. Isso sem falar nos impagáveis inimigos e suas caracterizações. Infantil, sim. Bobo, não.
Além dos personagens e da ambientação primorosas, não se pode esquecer dos desenhos e do enredo. A história do menino órfão que encontra um trem que o leva para ver o mago e vira o mais poderoso mortal da Terra ganha contornos de filmes de matinê, daqueles que você se diverte e sai pedindo para sua mãe levá-lo novamente. Só falta o cheiro das pipocas com manteiga ou o plim-plim da Sessão da Tarde.
Os desenhos também são lindos, singelos, mas com uma profusão de sutis detalhes que prendem o leitor e o fazem olhar demoradamente cada quadro. E o final da aventura pode tirar lágrimas dos mais emotivos.
O único senão é a falta de extras ao final do álbum. Há uma introdução escrita por Alex Ross e uma biografia do autor. Até pode-se argumentar que foi para deixar a edição mais barata, mas alguns rascunhos de Smith cairiam bem.
Esta é uma história para agradar dos 5 aos 95 anos. Se você tem filhos, é um daqueles quadrinhos que não podem faltar na coleção deles. Se não tem, também não pode faltar na sua.
Classificação