Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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Reviews

Superman # 7 – Abril – Premium

3 março 2001

Superman Premium # 7Editora: Editora Abril – Revista mensal

Autores: Hipertempo – Mark Waid (argumentos), Jerry Ordway, Ariel Olivetti & Mike Zeck (desenhos) e Dennis Janke, Ariel Olivetti & John Beatty (arte-final); LJA & Flash – Mark Waid (argumentos: páginas 118 – 120 e 138 – 157), Mark Waid & Brian Augustyn (argumentos: páginas 121 – 137 e 158-162), Mark Pajarillo & Paul Pelletier (desenhos) e Walden Wong & Vince Russel (arte-final).

Preço: R$ 9,90

Data de lançamento: Fevereiro de 2001

Sinopse

Após a batalha final mostrada na mini-série O Reino do Amanhã, a humanidade conseguiu criar uma sociedade utópica, com os heróis e humanos trabalhando em conjunto. Mas uma pessoa em especial, William, o único sobrevivente da catástrofe que aconteceu em Kansas (O Reino do Amanhã #1), ao resgatado pelo Super-Homem, criou uma nova religião, que coloca o Homem de Aço como o salvador do mundo.

Ao descobrir sobre a adoração de William, Clark vai até o templo, para tentar tirar essa idéia de sua cabeça. O Super fala que a destruição de Kansas foi sua culpa, porque ele abandonou a humanidade quando ela mais precisava. A revelação deixa o jovem atormentado, e começa a vagar pelas ruas em busca de uma explicação.

O Vingador Fantasma aparece e o presenteia com a sabedoria dos Deuses, para poder mudar os eventos da destruição da cidade, pois ele foi o escolhido da Quintessência. Agora, William sabe de todos os eventos que aconteceram, de toda a história desde que os heróis apareceram para a humanidade. Enlouquecido, assume o nome Gog e passa a considerar o Super-Homem como um anti-Cristo. A partir desse momento, começa a voltar no tempo, dia após dia, matando o Homem de Aço. Isso acabou criando problemas do continuum espaço-tempo, e os Homens Lineares têm que entrar em ação, justamente quando Gog iria matar o Super-Homem do dia do nascimento de seu filho com Diana (na versão encadernada da minissérie, nos Estados Unidos, foram feitas mais 8 páginas inéditas, nas quais o Super-Homem e a Mulher-Maravilha revelam ao Batman que ela está esperando um bebê. No Brasil, esse material é inédito).

Todos os heróis entram em ação para impedir, mas o vilão seqüestra o filho do herói e volta ao passado (o nosso presente). Agora, toda a existência está em perigo, e a esperança está na união das forças das versões do presente e do futuro de Batman, Mulher-Maravilha e Super-Homem, e cinco heróis da série O Reino do Amanhã: Lady Flash, Rebento, Ibn Al Xu’ffasch e Nightstar. Ao final da batalha, é revelado o maior segredo do universo: Hipertime, a quarta dimensão, um portal de acesso a vários planos dimensionais e realidades paralelas.

A segunda história dessa edição é uma aventura da Liga da Justiça e do Flash. Um falso Bruce Wayne está na ativa, e Batman separa a equipe em dois grupos: o primeiro vai atrás do pretenso milionário de Gotham; enquanto o outro tem a missão de encontrar o novo Flash.

Positivo/Negativo

O nome da revista se chama Superman, mas bem que poderia ser trocado para “O Jogo dos Sete Erros”. Acredito que, se realmente existisse o Hipertime, a Abril voltaria no tempo e a faria toda novamente. Infelizmente, os pontos negativos superam, em muito, os positivos.

Tudo começa na capa. Depois de toda o rebuliço que envolveu a “destradução” do nome do Homem de Aço, que voltou a ser Superman, a Abril escorregou e colocou como chamada de capa a seguinte frase: “As muitas mortes do Super-HOMEM”. Por mais que se tente explicar, o fato acabou causando uma nova discussão por parte dos leitores sobre o tema. Mas isso é apenas o começo.

O festival de equívocos envolve a tradução e o trabalho de edição. A filha de Asa Noturna e Estelar é chamada por dois nomes diferentes. Na primeira parte da história é Nightstar; e na segunda, Soturna. Nomes diferentes para o mesmo personagem na mesma revista? Falta de atenção! A filha de Wally West também mudou de nome. Conhecida como Kid Flash (clara referência ao primeiro pseudônimo de seu pai), ela virou Lady Flash.

Para piorar, falas foram inventadas. Na luta contra Gog, na Ilha Paraíso, a Poderosa chama o Lanterna Verde da mini-série O Reino do Amanhã de Kyle. Errado! O Lanterna Verde da história é Alan Scott. Mas isso não foi erro do Mark Waid, já que a fala no original é “He’s not breathing! Get him out of here!”. Na tradução ficou “Kyle não está respirando! Tirem ele daqui!”. Para tirar qualquer resquício de dúvidas, entramos em contato com o próprio Mark Waid, e ele nos confirmou: “Foi um erro da versão brasileira, o Lanterna Verde de O Reino do Amanhã é Alan Scott”. Ou seja, a Abril escorregou novamente!

Versão em inglês Versão em português

Qualidade não é apenas ter revistas em formato americano e papel couché.. Quanto à história, em si, é fraca. A primeira parte é até interessante, mas tudo desanda na continuação, inclusive, os desenhos caem de qualidade. Uma pena que os cinco especiais (Offspring, Planet Krypton, Son of the Bat, Kid Flash e Nightstar), que são melhores que a série, não serão publicados.

Passando para a próxima trama, encontramos mais equívocos. Foi feita uma “colagem” das histórias da Liga da Justiça e do Flash. As 3 primeiras páginas são da revista “JLA #33“, depois é inserida a edição “Flash #152“, para, logo após, ser publicada a continuação da aventura da Liga e, por fim, voltar para a revista do Corredor Escarlate. Complicado? Sim. E devido a essa montagem, acabaram esquecendo de dar créditos para o escritor da trama da LJA, que também é o Mark Waid. Veja acima os créditos corretos dos argumentistas.

Para não falar que só existem pontos negativos, foi muito boa a idéia de ter apresentado um resumo no início da revista, assim como a linha do tempo, com os acontecimentos do Universo DC, em ordem cronológica. Mas até nisso existem alguns problemas. The Source, que durante anos foi traduzida aqui no Brasil como “A Fonte”, é rebatizada para “A Origem”. O Campo da Velocidade é chamado novamente de “Força da Aceleração”, como já havíamos chamado a atenção no review da edição especial do Flash. Parece que a mudança é definitiva. Isso sem falar no vilão Extemporâneo (lembra-se de Zero Hora?) que teve seu nome mudado para o original americano: Extant.

Destaque também para o belo desenho da capa, feito por Ariel Olivetti, e para a arte de Mark Pajarillo, que vem melhorando a cada dia e faz grandes cenas de ação.

Classificação

1,0

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