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Transmetropolitan – Volume 3 – O ano do bastardo

1 março 2013

Transmetropolitan - O Ano do BastardoEditora: Panini Comics - Edição especial

Autores:Warren Ellis (roteiro), Darick Robertson (desenho), Rodney Ramos (arte-final) e Nathan Eyring (cor) - Publicado originalmente em Transmetropolitan # 13 a # 24 e Vertigo - Winter's Edge # 2 e # 3.

Preço: R$ 83,00

Número de páginas: 304

Data de lançamento: Outubro de 2012

Sinopse

É ano de corrida eleitoral e, a cada momento, Spider Jerusalém vai ser lembrado de por que odeia tanto a cidade, seu modo de vida e seus cidadãos. O jornalista doidão está disposto a tudo pra impedir que o atual presidente, apelidado por ele de "A Besta", se reeleja.

Positivo/Negativo

A Panini publica o terceiro volume de Transmetropolitan e toma uma atitude acertada: juntar dois encadernados norte-americanos numa única edição. Claro, isso encarece o álbum, mas encurta o tempo de publicação do material, que tem saído anualmente.

E permite que, finalmente, o leitor brasileiro encontre o material inédito de Spider Jerusalém em português. Antes tarde do que nunca. Será mesmo?

Muitos leitores veem a obra de Warren Ellis e Darick Robertson como datada e ligada demais à década de 1990, seja por seu visual, cores, ultraviolência, poder de insulto, mau humor, abuso de drogas, um futuro egoísta ou várias dessas.

Neste encadernado, por exemplo, o tema é política e todo o trabalho de Spider Jerusalém para conseguir sobreviver ao ranço e à podridão que acompanham uma corrida eleitoral, com sua corrupção, abuso de poder e troca de favores.

Ainda que fale de duas décadas atrás, Ellis mostra seres solitários, deprimidos, individualistas e obcecados pelo poder.

Essa série coloca esse personagem revoltado contra um mundo que odeia por sua hipocrisia, exigências, falta de ética e falsidade.

E falsidade é a palavra essencial.

Pois a verdadeira obsessão desse personagem é encontrar a verdade e entregá-la ao público. E sua frustração é perceber que quando é ouvido, não é entendido.

É a pesada miséria de quem quer mudar o mundo, mas não há jeito, porque as pessoas estão mais interessadas em distrações baratas, como pornografia e piadas da moda, do que em ao menos pensar sobre se há uma verdade do mundo e qual seria a consequência de descobri-la.

E se você acha que essa série é anos 1990 demais, vale a pena se perguntar se o mundo mudou tanto assim e se realmente já não reconhecemos o que há em Transmetropolitan. Ou pode ir ver mais um vídeo de gatos no YouTube, se preferir.

Classificação

4,5

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