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X-Men – Volume 5 # 1

2 agosto 2013

X-Men – Volume 5 # 1Editora: Marvel (selo Marvel Now) – Revista mensal

Autores: Brian Wood (roteiro), Oliver Coipel (desenhos), Oliver Coipel e Mark Morales (arte-final) e Laura Martin (cores).

Preço: US$ 3,99

Número de páginas: 32

Data de lançamento: Maio de 2013

Sinopse

Primeira parte do arco Primer. Jubileu salva um bebê de uma explosão na Bulgária, e viaja de volta aos Estados Unidos para pedir ajuda aos X-Men.

Mas ela não é a única pessoa precisando da ajuda dos heróis mutantes. O vilão John Sublime recorre a seus maiores inimigos para solucionar um problema de família.

Positivo/Negativo

Brian Wood e Olivier Coipel fazem sua estreia na nova revista dos X-Men - título que também faz parte do selo Marvel Now - de maneira simples e eficaz.

X-Men # 1 não pretende revolucionar o seu mundo, nem o dos mutantes da Marvel. O único propósito da revista é entreter. A aventura é bem escrita e desenhada, com um elenco praticamente só de mulheres – selecionado de maneira orgânica, sem forçar a narrativa – que segura o ritmo da trama.

Quase todas as personagens femininas de destaque desta edição foram criadas (ou desenvolvidas) por Chris Claremont.

Psylocke (de Claremont e Herb Trimpe) fez sua estreia na extinta Marvel UK, em 1975. Kitty Pryde (de Claremont e John Byrne) surgiu em 1980. Vampira (de Claremont e Michael Golden) apareceu em 1981. Rachel Grey (de Claremont, John Byrne e John Romita Jr.) também estreou em 1981, usando o sobrenome Summers. E Karima Shapandar foi criada por Claremont e Brett Both em 2000.

Para quem não se recorda – ou simplesmente desconhece - da cronologia arcana e obscura dos X-Men, Karima é uma personagem de origem indiana, transformada numa sentinela ômega, que foi reconstruída pelo Fera. Ela estava em coma até recentemente.

Tempestade é uma das exceções dessa lista. Ela foi criada por Len Wein e Dave Cockrum, no clássico Giant Size X-Men # 1, de maio de 1975, mas só adquiriu sua personalidade nas mãos de Claremont, com a ajuda de ilustradores como John Byrne, John Romita Jr., Ricky Leonardi e Barry Windsor-Smith.

Todas elas são mulheres fortes, algumas claramente acostumadas à liderança. Tempestade, por exemplo, já comandou os X-Men diversas vezes, e assume a frente do grupo. Kitty Pryde, por sua vez, é a reitora da escola (ao lado de Wolverine) e também está bastante acostumada a dar ordens. A experiente Rachel Grey, companheira de Kitty em Excalibur, completa essa trinca de líderes.

A predominância das mulheres na edição, sem abusar de artifícios ou sexualizar as personagens para os fan boys, é um dos pontos de destaque.

Fera é um dos poucos personagens masculinos na trama. É um dos X-Men originais, de Stan Lee e Jack Kirby, que está na sua sexta transformação (a mais recente foi criada por Brian Bendis e Stuart Immonen). Ele é o homem de ciência desse elenco.

A história tem dois vilões: John Sublime (personagem da fase de Grant Morrison) e Arkea, uma nova criatura derivada de um conceito de Morrison.

A base do enredo de Wood se apoia em momentos típicos das aventuras dos X-Men, como Jubileu em perigo pedindo socorro para suas amigas; o vilão Sublime, que se rende aos X-Men pedindo ajuda a seus maiores inimigos contra uma ameaça maior (como outros fizeram anteriormente); e até o ataque que se inicia no interior da escola.

Como nas aventuras clássicas, o roteiro está centrado ao redor da escola, no Instituto Jean Grey para Mutantes, criado por Wolverine (mencionado no texto, mas ausente da edição).

Vampira assume seu papel preferido, e parte para o confronto físico. Psylocke aparece pouco, mas sempre de maneira ameaçadora. A julgar pelas capas divulgadas pela Marvel Comics, ela se destacará na terceira parte do arco.

Todos esses elementos permitiram a Wood criar uma aventura típica dos X-Men, sem grandes pretensões exceto a diversão. É uma HQ direta, sem vínculos diretos com outras histórias do Universo Marvel e que pode ser lida por qualquer um (fazendo pequenas ressalvas devido à complexa e labiríntica cronologia dos integrantes dos X-Men, que pipoca mesmo quando o escritor tenta evitá-la, como no caso de Jubileu e Karima, por exemplo).

O talentoso desenhista francês Olivier Coipel, de Dinastia M (House of M) caprichou, tomando o cuidado de colocar feições orientais em Jubileu e Psylocke, criando um rosto distinto e imponente para Tempestade e um bebê adorável - algo que muitos dos artistas de super-heróis não conseguem fazer.

Aliás, bebês em perigo são outro tema clássico dos X-Men desde os tempos do sequestro de Cable, filho de Ciclope e Madelyne Pryor, ou mais recentemente Hope, a criança com poderes mutantes que foi perseguida por diversas facções e que cresceu no futuro, ao lado de Cable, e hoje atua com os X-Men.

Para celebrar os 50 anos dos X-Men, esta edição foi lançada com mais de 12 capas alternativas (veja abaixo), além da ilustrada por Coipel.

Merecem destaque as feitas por Milo Manara, Terry Dodson, Mark Brooks, Skottie Young (variante Marvel Babies), Arthur Suydam (variante Deadpool Zombie, parodiando a capa do álbum Abbey Road, dos Beatles) e Joe Madureira (variante Aniversário de 50 Anos dos X-Men).

Além disso, foram criadas capas alternativas especiais para algumas comic shops, como as versões Limited Edition Comix, ilustrada por Ed McGuinness, com tiragem limitada a 3.500 cópias, distribuída apenas na Grã-Bretanha e cuja arrecadação serviu para ajudar a instituição Sick Children's Trust; Mile High Comics, com desenho do brasileiro Mike Deodato Jr.; Hastings, com arte de Kevin Wada; Phantom, ilustrada por Humberto Ramos; e Midtown Comics, de J. Scott Campbell.

Para finalizar, ainda existe uma edição vendida com a capa em branco (apenas com o logotipo), para que o leitor possa pedir ao seu artista favorito para ilustrá-la, em alguma das diversas convenções de quadrinhos dos Estados Unidos.

X-Men # 1 recebeu boas críticas da imprensa especializada estadunidense e foi a revista mais vendida em maio de 2013, passando a marca das 177 mil cópias.

Classificação

4,0

 

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