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20th Century Boys # 4

20th Century Boys # 4Editora: Panini Comics – Revista bimestral

Autor: Naoki Urasawa (roteiro e arte).

Preço: R$ 10,90

Número de páginas: 216

Data de lançamento: Abril de 2013

Sinopse

Três anos se passaram, a seita do Amigo cresceu, se tornou um partido e seus tentáculos alcançam outros países.

Enquanto isso, Xogum investiga o envolvimento da seita com o tráfico de entorpecentes e os leitores conhecerão seu papel na trama.

Positivo/Negativo

Esta edição de 20th Century Boys destoa um pouco das anteriores, primeiramente por focar em Xogum, o misterioso homem de Bangkok, e depois por ter muitas sequências de ação.

Xogun é uma espécie de guarda-costas de turistas japoneses que se envolvem em problemas na cidade. Além disso, aparentemente tem uma queda por defender garotas de programas.

Esse personagem misterioso é rapidamente envolvido pelos tentáculos da seita do Amigo, que, passados três anos desde o incêndio do mercadinho de Kenji e da tentativa de sequestro de Kana, se tornou um grande partido e está bastante inserido na política interna do Japão. Tanto que começa a ter os planos de expansão da sua área de influência.

O leitor confere ainda um pouco mais das áreas de atuação do partido, que, além de sequestros e assassinatos, se envolve com tráfico de entorpecentes e, muito provavelmente, prostituição e tráfico de mão de obra análoga à escrava.

Além das cenas de ação, Xogun traz o que talvez seja a sequência mais psicodélica da revista. Quando ele enfrenta numa competição de bebida de chá alucinógeno o rapaz que incendiou o mercado de Kenji.

O envolvimento de Xogun com garotas de programa acaba forçando sua ida ao Japão, e aí é mostrado o que aconteceu com Kenji e seus amigos nos últimos três anos.

Procurados pela polícia por terrorismo, Kenji, sua mãe e Kana (que ao leitor desatento serve como sinal dos três anos passados) vivem em túneis abandonados do metrô e tentam acabar com o avanço do partido.

A falta de habilidade de Kenji é gritante. Nos últimos anos, ele tentou diversas ações de sabotagem contra o Amigo, sem sucesso em nenhuma. Resta apenas a vontade de agir e buscar apoio nos entes mais próximos.

O roteiro desta edição segue com o altíssimo padrão de qualidade mostrado até agora, com exceção da passagem em que Kenji caminha por um túnel do metrô, a caminho de seu esconderijo, e encontra uma base secreta do partido.

Lá, eles guardavam um televisor com uma fita-cassete com a gravação de um recado para Kenji: ele precisará de seus amigos para combater o Amigo e seu partido. Pareceu um trecho improvisado pelo autor.

A edição continua caprichada. Mas foi uma pena o deslize do volume original (aqui reproduzido porque a Panini possivelmente não pode trocar a imagem) de colocar Kenji com o disfarce de coelho na capa, entregando uma das melhores piadas da revista.

Classificação

4,5

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