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52 # 1

1 dezembro 2007


Título: 52 # 1 (Panini
Comics
) - Minissérie mensal em 13 edições

Autores: Meninos e meninas de ouro devem... - Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid (texto), Keith Giffen (esboços), Joe Bennett (desenhos) e Ruy Jose (arte-final);

Revendo o futuro - Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid (texto), Keith Giffen (esboços), Joe Bennett (desenhos) e Jack Jadson (arte-final);

Nova ordem mundial - Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid (texto), Keith Giffen (esboços), Joe Bennett (desenhos) e Ruy Jose (arte-final);

Dança com monstros - Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid (texto), Keith Giffen (esboços), Joe Bennett (desenhos) e Jack Jadson (arte-final);

História do UDC - Dan Jurgens (texto e desenhos) e Art Thibert (arte-final).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Julho de 2007

Sinopse: A Crise Infinita recém acabou.

E quem bota fé que vai se dar bem no mundo reconstruído é o Gladiador Dourado, um herói que veio do futuro e, sem escrúpulos, passa a acessar o banco de dados de um robô para planejar antecipadamente seus atos de heroísmo.

Pelas informações trazidas na bagagem ao século 21, uma nova Liga da Justiça, tida como a maior de todos os tempos, está prestes a se formar.

O problema é que a memória da maquininha começa a cometer pequenos erros - e talvez os planos de fama do aspirante a galã não se concretizem tão facilmente. Afinal, Superman, Batman e Mulher-Maravilha estão desaparecidos.

Ao mesmo tempo, outros personagens vão se ajustando à vida pós-Crise.

Ralph Dibny encontra um S do Superman invertido na lápide de sua esposa, morta na série Crise de Identidade. Adão Negro cria uma embaixada de Kahndaq nos Estados Unidos. Questão se une a Renee Montoya em Gotham, assumindo até o batsinal. Cientistas começam a desaparecer. Tudo isso ao mesmo tempo que, em Nova Cronos, Donna Troy é apresentada à nova história do Universo DC.

Positivo/Negativo: Depois do fim de Crise Infinita, todos os títulos da DC tiveram o salto de um ano no futuro. É o evento Um Ano Depois, que atualmente guia os títulos brasileiros que levam o selo da editora norte-americana.

52 é a série que conta o ano perdido.

Originalmente, a história foi dividida em 52 capítulos, cada um correspondendo a uma semana do ano perdido. A publicação seguiu a mesma lógica: todas as quartas havia uma nova edição nas comic shops.

O trabalho foi tão monumental quanto bem executado: envolveu a nata dos roteiristas da DC e vários artistas, não atrasou e, de quebra, ficou no topo dos rankings de vendas - dado relevante quando se leva em consideração que são quatro revistas por mês.

Aqui, a Panini optou por publicar a série em 13 edições mensais, seguindo exatamente os mesmos moldes gráficos dos títulos de linha - e também de outras minisséries, como Aniquilação e Sete Soldados da Vitória. Perde-se um pouco da idéia original, mas há uma vantagem: é o formato em que a editora consegue trabalhar seu melhor custo por página.

Embora tenha alguns plots interessantes e já comece como uma história de super-heróis acima da média, dificilmente 52 se tornará um marco a ponto de justificar um formato mais exorbitante.

Afinal, trata-se de uma daquelas HQs para serem curtidas com entusiasmo no calor da hora, de preferência com o leitor catando referências a histórias recentes e especulando a respeito o que vai acontecer e como ela se relaciona com o que vem pela frente no Universo DC.

Mas, para se tornar um clássico, a série teria que abrir mão de alguns clichês já desgastados no gênero, como heróis adotados por corporações (até Rising Stars falou disso!) ou que querem mudar o mundo na base da porrada (Watchmen criou, Authority esgotou!), clones de Lex Luthor e versões insanas da Moça-Maravilha.

De qualquer forma, 52 não é arquitetada apenas em cima de chavões. O Guardião Dourado é um carro-chefe interessante nas quatro primeiras histórias, (mas, ao ser retratado como um alpinista social de superequipe, acaba se tornando um personagem enfadonho). Ralph Dibny também parece ter futuro. E quem acaba chamando a atenção é uma dupla insólita, porém promissora, formada por Renee Montoya e Questão - que tem charme e punch.

Desde já, sabe-se que a série tem uma forte relação com Crise Infinita, não só porque os personagens ainda sentem o sabor amargo das perdas (o que contrasta com o clima de Um Ano Depois, mais eufórico), mas também porque nem tudo está ajeitado no espaço-tempo.

Há, sim, uma idéia de se redefinir cronologia nos bastidores da série. Basta ver o extra A História do Universo DC, que ecoa um livreto especial pós-Crise nas Infinitas Terras chamado History of the DC Universe, de Marv Wolfman e George Pérez, que permanece até hoje inédito no Brasil.

Mas a trama cronológica, por enquanto, corre paralelamente em meio a uma colcha de retalhos de mistérios. Em vez de mundos se dividindo no horizonte, há dramas mais bacanas para serem explorados.

Classificação:

4,0

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