52 # 5
Título: 52 # 5 (Panini
Comics) - Minissérie mensal em 13 edições
Autores: O último czarniano - Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid (texto), Keith Giffen (esboços), Chris Batista (desenhos), Ruy Jose e Jack Jadson (arte-final) e David Baron (cores);
Desmantelado - Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid (texto), Keith Giffen (esboços), Eddie Barrows (desenhos), Ron Stull (arte-final) e Alex Sinclair (cores);
A História se repete - Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid (texto), Keith Giffen (esboços), Patrick Olliffe (desenhos), Drew Geraci (arte-final) e Alex Sinclair (cores);
Deus está ferrado - Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid (texto), Keith Giffen (esboços), Chris Batista (desenhos), Ruy Jose (arte-final) e Alex Sinclair (cores);
A origem do Metamorfo - Mark Waid (texto), Eric Powell (arte) e Trish Mulvihill (cores);
A origem de Aço - Mark Waid (texto), Jon Bogdanove (arte) e Alex Sinclair (cores);
A origem de Adão Negro - Mark Waid (texto), J.G. Jones (arte) e Alex Sinclair (cores);
A origem de Lobo - Mark Waid (texto), Keith Giffen (desenhos), Jack Jadson (arte-final) e Hories (cores);
A origem do Questão - Mark Waid (texto), Joe Bennett (arte) e Alex Sinclair (cores).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Novembro de 2007
Sinopse: No espaço, Adam Strange, Estelar e Homem-Animal tentam voltar para casa, mas acabam topando com Lobo, o último czarniano vivo. Não demora, porém, para que eles descubram que o facínora se converteu em um líder religioso que repudia a violência.
Na Austrália, aborígines encontram a carcaça do Tornado Vermelho.
Na Casa dos Mistérios, o elmo do Senhor Destino é encontrado.
Em Kahndaq, Renee Montoya se culpa por ter atirado em uma garotinha para impedir um atentado terrorista.
Em Cincinnati, Skeets acompanha o enterro do Gladiador Dourado - e encontra um antepassado do herói, que logo é escalado para uma missão.
Em Gotham e Metrópolis, Supernova continua em ação.
E mais: as origens de Metamorfo, Aço, Adão Negro, Lobo e Questão.
Positivo/Negativo: 52 engrenou para valer. Não chega a ser uma obra-prima, mas coleciona méritos.
O mais notório é formal: sua estrutura semanal (nos Estados Unidos), criada por um coletivo de autores e com revezamento de artistas, é revolucionária. Afetou até a concorrência: nas próximas semanas, a Marvel adota um modelo de publicação parecido para a série do Homem-Aranha.
Mas 52 é muito mais que seu esquema semanal de lançamento. A tentativa de consolidar todo um ano da DC em uma única narrativa, sem tie-ins (ao menos por enquanto), dá uma nova perspectiva de como se pode lidar com um universo ficcional.
A sensação de coesão que se tem é gritante e contrasta com o modelo tradicional do gênero, em que a história é construída a partir de fragmentos de tramas desconectados uns dos outros.
O resultado é uma saga que enaltece personagens secundários, que mostra o brilho de gente como Adam Strange, Adão Negro, Gladiador Dourado e Aço. Nas HQs de super-heróis, não é raro ver personagens que tiveram algum destaque em um dado momento se transformarem em estopa para rechear os grandes eventos. Em 52, eles são tratados com mais dignidade, como se cada um fosse ao menos protagonista de sua própria vida.
Basta ver o papel de um personagem de quinta categoria, como o robozinho Skeets. Nas histórias em geral, ele é o equivalente a um papagaio de pirata para o Gladiador Dourado. Suas ações, mesmo quando em primeiro plano, são secundárias para o todo da DC.
Mas, nesta edição, Skeets consegue se destacar como a voz mais importante da editora por um punhado de páginas. O que ele faz não é só destacado dentro de uma série, mas parece genuinamente importante para a trama.
As cinco edições de 52 mostradas até agora, esta inclusive, conseguem de fato olhar o Universo DC sob uma nova perspectiva. Há algo de renovador e que faz com que a maxissérie seja uma leitura que vale a pena.
Além da trama principal, destacam-se nesta edição as origens dos personagens. As histórias escritas por Mark Waid são bastante sintéticas e ocupam duas páginas, sem nada demais. São os artistas convidados que chamam a atenção, seja por terem um nome badalado (Eric Powell faz o elogiado Goon) ou uma participação na criação do personagem (como Bogdanove e Giffen).
Outro destaque da edição é a capa. Embora não seja mencionado na revista, ela foi escolhida pelos leitores no fórum de discussão da editora na internet.
Por falar em questões editoriais, não custa mencionar que o site brasileiro da série vem ganhando mais conteúdo periodicamente, inclusive com notas explicativas bastante esclarecedoras para o leitor que se sentir perdido. Mas, pena, as atualizações ainda não alcançaram a revista que está nas bancas.
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