Título: 7 IRMÃOS # 2 (Panini
Comics) - Minissérie em duas edições

Autores: John Woo (argumento), Garth Ennis (roteiro), Jeevan Kang (arte e cores) e S. Sundarakannan (cores).

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 72

Data de lançamento: Setembro de 2007

Sinopse: Reunidos, os sete descendentes de Fong partem para derrotar o Filho do Inferno.

Positivo/Negativo: O Filho do Inferno diz: "Saciarei minha ira justa nas entranhas da puta chamada destino. E, quando o fizer, usarei este mundo como camisinha".

Uau.

É bom o leitor de 7 Irmãos se satisfazer com a frase acima. É o melhor que se pode encontrar na segunda (e última) edição da minissérie que trouxe a editora Virgin Comics para o Brasil.

Depois da estréia - não mais que mediana -, 7 Irmãos despenca ladeira abaixo. Se o primeiro número serviu para preparar terreno para algo grandioso que estava por vir, esta edição joga tudo fora ao recair em uma série infindável de clichês.

Garth Ennis, roteirista convidado a dar solidez à trama criada pelo diretor de cinema John Woo, não consegue contribuir com nada além de um punhado de palavrões. E nem todos têm a verve dramática da fala inicial do Filho do Inferno.

É uma pena: no discurso, as intenções globais da Virgin Comics são louváveis. Mas, na prática, a idéia de misturar o know-how norte-americano com o talento indiano ainda é uma trilha a ser desvirginada.

A impressão é de que falta química entre os criadores. E o resultado de 7 Irmãos está distante de ser animador. Tudo bem que Jeevan Kang é nitidamente um desenhista capaz de fazer boas histórias, mas falta harmonia na equipe. A sensação é de que todos trabalharam em um processo impessoal, sem conversa nem discussão sobre o rumo da trama.

Infelizmente, 7 Irmãos foge do padrão imposto pelo empresário Richard Branson para as ramificações da Virgin: o braço editorial da firma ainda tem muito a evoluir até se tornar uma editora marcante no mercado.