A NOITE MAIS DENSA # 8
Editora: Panini Comics - Minissérie em oito edições
Autores: A Noite Mais Densa - Starman (Starman # 81) - James Robinson (roteiro), Fernando Dagnino (desenhos), Bill Sienkiewicz (arte-final) e Matt Hollingsworth (cores);
A Noite Mais Densa (Blackest Night # 8) - Geoff Johns (roteiro), Ivan Reis (desenhos), Oclair Barreto e Joe Prado (arte-final) e Alex Sinclair (cores).
Preço: R$ 7,50
Número de páginas: 80
Data de lançamento: Fevereiro de 2011
Sinopse
Starman - Mais uma das histórias envolvendo heróis já falecidos do Universo DC durante a saga A noite mais densa. O Starman David Knight retorna dos mortos graças ao anel da Tropa dos Lanternas Negros e enfrenta o Sombra em Opal City.
A noite mais densa - A ofensiva final dos Lanternas Verdes, das Tropas reunidas e de todos os heróis contra Nekron e a sua horda de mortos-vivos.
Positivo/Negativo
Apesar dos numerosos clichês que permeiam as histórias desta edição, a revista tem bons momentos. O que não significa que os maus também não estejam presentes.
A história que abre a edição, sobre o Starman zumbi, ganhou pontos preciosos com a arte-final do excelente Bill Sienkiewicz. Além disso, a trama ao menos tenta fugir do lugar-comum, com o prólogo em que dois policiais conversam no museu - um recurso frequentemente utilizado no cinema.
As lembranças de Opal City e a menção de todos os heróis já falecidos ajudam os novos leitores a entender um pouco a trama. Até mesmo a luta entre o putrefato Starman e o Sombra ganha algum brilho com o roteiro de James Robinson.
A segunda (e principal) HQ da revista tenta encerrar de forma apoteótica a batalha entre Lanternas, zumbis e o poderoso Nekron. O roteiro termina de forma confusa, assim como começou. Mas é visível o esforço de Geoff Johns em tentar fazer o leitor entender o que a sua mente preparou para o Universo DC em todos esses meses.
Infelizmente, a trama, assim como quase todas as outras da saga, passa a impressão de que seriam necessárias mais 30 números para fazer toda a saga funcionar e tudo se encaixar.
Apesar das boas intenções e da fantástica arte do brasileiro Ivan Reis, A noite mais densa parece o tempo todo querer justificar as dezenas de mortes sem sentido que assolaram a DC nos últimos anos e, principalmente, ressuscitar heróis ditos essenciais para a editora, e que agora ganham mais uma chance nas mãos de novos roteiristas.
As várias páginas duplas e a "sensacional página quádrupla" anunciada na capa não foram suficientes para esclarecer e justificar a volta de tantos heróis - a maioria falecida na saga Crise Final.
Ao mesmo tempo, o roteiro de Johns parece pedir desculpas aos leitores por tantas mortes desnecessárias, justificadas apenas pelas vendas abaixo das expectativas de um ou outro herói "assassinado". Tudo resultado de outras sagas confusas, que nasciam para consertar suas predecessoras. O diálogo final entre Barry Allen e Hal Jordan parece definir bem essa intenção.
No fim, A noite mais densa, e especialmente esta edição, lembra um filme com bons personagens, atores de primeira linha e um roteiro que não se entende e não encaixa.
A esperança é de que todas as pontas soltas sejam amarradas na saga O dia mais claro, mas como no Universo DC a esperança é só mais uma das cores de toda essa confusão, provavelmente não fará muita diferença.
Classificação: