A SAGA DE LUCAS # 7
Título: A SAGA DE LUCAS # 7 (Nona
Arte) - Revista online
Autores: André Diniz (roteiro e desenhos).
Preço: gratuito
Número de páginas: 11
Data de lançamento: 2005
Sinopse: Não Estamos Sós (Parte II) - Lucas, Caio e a garota extraterrestre estão a caminho da residência de Aparecido Constantino Bicalho. Será que eles encontrarão o abduzido?
Positivo/Negativo: O segundo capítulo desta aventura pode ser dividido em três partes.
Na primeira é estabelecida a ligação entre a extraterrestre e Aparecido. O problema está no recurso narrativo que André Diniz escolheu para fazer isso. Nada de investigação, pesquisa ou o qualquer coisa que pusesse Lucas e Caio atrás das respostas. Em vez disso, Caio traz as informações prontas, oriundas das páginas da Enigma Brasil.
Assim, A Saga de Lucas retoma um de seus vícios mais notórios: o didatismo. Afinal, ao esclarecer os fatos, Caio não esmiúça a historia somente a seu tio-tataravô, mas também ao leitor. A narrativa fica refém do texto. Os desenhos tornam-se redundantes.
Além disso, a solução é adquirida de graça, sem esforço algum. Isto é bastante comum em HQs: é o caso, por exemplo, do vilão que, pensado ter tudo sob controle, conta seu plano maquiavélico ao super-herói. Não seria mais interessante se este descobrisse tudo por contra própria? Assim, teríamos um belo thriller e uma história menos monótona.
A segunda parte quebra este ritmo, com a chegada de Celso Saci e sua gangue trazendo a garota alienígena. Aqui estão os diálogos mais afiados da história e algumas das melhores tiradas de toda a Saga. As piadas e o espírito sacana de Lucas estão no auge.
Na terceira está a ação - com direito a Caio dizendo "fezes", pneus furados, assalto a mão armada e mulher pelada! Esta certamente é a edição em que o jornalista mais se ferra por causa de seu tio.
Por fim, uma queixa: Celso Saci é um personagem muito interessante, porém tem uma participação minúscula na aventura. A Saga peca por focar as tramas somente na dupla Lucas e Caio. Bons coadjuvantes são importantes em séries, pois enriquecem as histórias e criam um universo particular. O que seria de Star Wars sem Han Solo, Chewbacca, C-3PO, R2-D2 e Mestre Yoda? Luke e Anakin não sustentariam tudo aquilo sozinhos.
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