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ADOLF #2

1 dezembro 2006


Título: ADOLF #2 (Conrad
Editora
) - Série bimestral
Autor: Osamu Tezuka (texto e arte).

Preço: R$ 27,90

Número de páginas: 264

Data de lançamento: Julho de 2006

Sinopse: Toge finalmente encontra a carta de Isao nas mãos da professora Kojiro. Mas o sonho de vingar a morte do irmão na Alemanha nazista é interrompido, pois vários detetives e agentes secretos estão atrás dos documentos que provam a origem judaica de Hitler.

O repórter, então, vê sua vida transformada em um inferno nas mãos do agente Akabane, que o persegue o tempo todo, impedindo-o de ter casa e emprego. Mas Toge não está sozinho: conta com a ajuda de Yukie Kaufmann nos bastidores e com o apoio do policial Nigawa.

Enquanto isso, o jovem Adolf Kaufmann assiste ao começo da Segunda Guerra em plena Alemanha, em companhia de seu xará, o Führer.

Positivo/Negativo: Adolf chega a seu segundo número confirmando a vocação de série forte, sem espaço para fantasia ou para o humor, marcas de outras obras de Tezuka.

Baseado em verdades que pouca gente gosta de lembrar, mostra que o nazismo não foi obra apenas de um punhado de alemães em gabinetes, mas também de simpatizantes espalhados pelo mundo. A HQ toca ainda em outro ponto controverso: Hitler, a despeito da aliança, considerava os japoneses como um povo de segunda linha.

A batalha de Toge para recuperar a carta de seu irmão morto, que contém fatos sobre a origem judaica de Hitler, é uma história cunhada nesse contexto. Para o atlético repórter, são poucos os que merecem confiança no meio do inferno - e esses poucos devem ser poupados (como Yukie Kaufmann) para não sofrer conseqüências (como o policial Nigawa).

Em um volume em que o Adolf judeu mal é mencionado e o Adolf alemão é mostrado em uma única passagem (como um jovem nazista em formação que encontra o xará Hitler), o thriller de Toge ganha fôlego. Deixa de ser um filme de ação para cair no terror psicológico de um homem que perde tudo para honrar a memória e as batalhas do irmão.

Tezuka, mais uma vez, mostra-se grande não só pela abrangência e magia de seus personagens mais famosos, como Astro Boy, mas também pela profunda dimensão humana de sua obra.

 

Classificação:

4,0

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