ÁLBUM GIGANTE # 11 - 4ª SÉRIE
Título: ÁLBUM GIGANTE # 11 - 4ª SÉRIE (Ebal - Editora
Brasil-América) - Revista mensal
Autores: Thor - Stan Lee (roteiro) e Don Heck(desenhos);
Homem-Aranha - Stan Lee (roteiro) e Steve Ditko (desenhos).
Preço: NCr$ 0,40 (preço da época)
Número de páginas: 32
Data de lançamento: Agosto de 1968
Sinopse: Thor - Contrariado por ter seu pedido de casamento com a mortal Jane Foster negado por seu pai Odin, o Deus do Trovão retorna à Terra, onde se depara com a ameaça de um terrível vilão: o insano Mr. Hyde, que busca vingança contra o alter ego do herói,o Dr. Donald Blake.
Homem-Aranha - Coberto acidentalmente por uma liga metálica, o assistente de laboratório Raxton transforma-se no supervilão Homem Moldado, mas tem que enfrentar o Homem Aranha.
Positivo/Negativo: Sete meses antes de ganhar revista própria no Brasil, o Homem-Aranha fazia sua estréia em terras tupiniquins pegando carona no título do Poderoso Thor. Um verdadeiro marco para os fãs do personagem, esta raríssima edição, além de ter notável importância histórica, é uma aula de como se contar boas HQs.
Thor estava em sua fase áurea, escrito por seu criador Stan Lee. Na trama, o leitor é apresentado ao vilão Mr. Hyde (literalmente extraído do clássico literário de Robert Louis Stevenson), um cientista insano que, ao tomar uma fórmula secreta, tem sua força multiplicada várias vezes.
O texto ágil de Lee dá um ritmo vertiginoso ao enredo, prendendo o leitor quadro a quadro. Todavia, mais impressionante é a arte de Don Heck. O desenhista surpreendeu ao elaborar traços sombrios, adicionando um clima de terror e mistério à trama, combinando bastante com as origens do Mr. Hyde na literatura e com o enredo soturno criado pelo roteiro. O resultado é uma ótima história.
A história do Aranha, apesar de inferior, é uma leitura agradável, com um texto leve e boas doses de ação. A lamentar apenas a fraca arte de Steve Ditko (nota do UHQ: esta opinião do resenhista não é compartilhada por todos os integrantes do site), cujo traço deixa a desejar, sobretudo em termos faciais - todo mundo parece ter a mesma cara.
A edição da Ebal é bastante competente, com papel de boa qualidade. E é curioso notar algumas traduções como "Corneta Diária" (Clarim Diário), "Fred" (Flash Thompson) ou "Pedrinho" (apelido de Peter Parker).
Classificação: