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ÁLCOOL COM AÇÚCAR # 1

1 dezembro 2007


Título: ÁLCOOL COM AÇÚCAR # 1 - Fanzine

Autores: O Presente - Rebs (roteiro) e Angelo Ron (arte);

18:00 - Felipe Cunha (roteiro e arte);

Hemidaclopide - Fernanda Breta (roteiro) e André Leal (arte);

Encontro - Maurício Rett (roteiro e arte);

Óvulos - Milla Rinaldi (roteiro e arte);

A insustentável virtualidade do ser - Anjo em Fúria (texto);

A Menina da História em Quadrinhos - Rodrigo Alonso (texto).

Preço: R$ 2,00

Número de páginas: 20

Data de lançamento: Outubro de 2007

Sinopse: O Presente - Uma história de amores platônicos e expectativas frustradas.

18:00 - Um encontro marcado pode trazer algumas pequenas surpresas.

Hemidaclopide - Mostra uma trivial uma consulta ao veterinário que pode te levar o dono do cão repensar sua vida.

E ainda há textos e tiras.

Positivo/Negativo: Antes de tudo, Rebs, a editora de Álcool com Açúcar, está de parabéns por este trabalho bem feito e funcional. Começa pela capa, com uma ilustração bonita e ligada à origem da revista, um logotipo atraente e os nomes dos autores, tudo distribuído de forma harmônica, sem poluir o visual.

Mas a melhor sacada é trazer uma página com ilustrações, breve biografia e contato de todos os colaboradores. A principal proposta de um fanzine é mostrar o trabalho de um ou vários artistas, mas são poucos os que dedicam um espaço para falar deles e mostrar como encontrá-los. Além disso, as pequenas autobiografias são todas bem-humoradas e, no geral, fogem do lugar-comum.

Quanto às histórias, os artistas ainda precisam percorrer um certo chão até ficarem no ponto. O Presente é interessante, mas fica devendo muito nos desenhos. A composição das cenas é bacana, o desenhista tem cuidado com os detalhes dos cenários, mas os rostos são muito estranhos. Ele mistura um traço mais tradicional com olhos muito grandes que até lembram os mangás, e o resultado final não é bom.

18:00 se destaca pelo desenho expressivo e bem arte-finalizado de Felipe Cunha. O roteiro não tem nada de novo, ainda mais com a legenda bem piegas no fim dizendo "Fim?... Só o começo.". Mesmo assim, diverte e causa uma identificação quase imediata com os personagens.

A última HQ, Hemidaclopide, destoa do restante da revista. Quando se conta algo que aconteceu consigo mesmo, é preciso tomar muito cuidado para não cair no erro de fazer uma história que signifique muito para você e pouco para qualquer leitor. É o que acontece aqui.

É uma trama sem graça por não estar bem fechada. Fica uma sensação de que há mais coisa antes e depois do relatado e que, resumida em poucas páginas, perde o propósito.

Apesar de ser um fanzine de quadrinhos, os textos ganharam um bom destaque. Na abertura há com um jogo de idéias sobre o tempo escrito por Anarcoplayba. Tem também uma crônica sobre a vida nos tempos de internet, além da narrativa A Menina da História em Quadrinhos, de Rodrigo Alonso. Esse, aliás, é o melhor artigo da edição.

O legal é que A Menina da História em Quadrinhos fala de um amor platônico, mas de um ponto de vista diferente do visto em O Presente, pois não só o amor é "inventado", mas também o objeto desse amor.

Apesar dos enfoques serem diferentes, Rebs e Rodrigo Alonso chegaram a uma conclusão parecida sobre os amores perfeitos que as pessoas idealizam.

Classificação:

4,0

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