ALDEBARAN # 1 - A CATÁSTROFE
Título: ALDEBARAN # 1 - A CATÁSTROFE (Panini
Comics) - Série bimestral
Autor: Leo (roteiro e desenhos).
Preço: R$ 22,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Maio de 2006
Sinopse: A história se inicia numa aldeia de pescadores aparentemente normal. O fato de estar localizada num planeta em órbita da estrela Aldebaran, a 64 anos-luz da Terra, é o de menos.
Este planeta aquático foi povoado por terráqueos, os primeiros a se aventurarem em viagens espaciais, há mais de cem anos e ainda guarda muitos enigmas. O maior deles é o misterioso ser conhecido como Mantrisse.
Positivo/Negativo: Aldebaran é um mundo bem semelhante ao nosso, mas quase totalmente aquático, criado pelo carioca Luis Eduardo de Oliveira (ou Leo, como é mais conhecido na Europa). Quase desconhecido entre nós, o autor é muito admirado na França, onde o álbum ficou entre os 20 melhores da bande dessineé (como os franceses chamam os quadrinhos) em 2000.
Posição invejável, principalmente levando-se em conta que a França é a terra natal de uma lenda dos quadrinhos: Moebius. Alias, é constante por lá a comparação da arte deste mito com a de Leo.
O enredo deste número de estréia é muito bem desenvolvido e quase inexistem falhas. Os diálogos, em sua grande maioria, são bem estruturados, ficando a dever em apenas alguns momentos. Nesses casos, a impressão é de estar lendo clichês. Felizmente, são poucos e não comprometem o conjunto.
Leo tem o traço bem definido e detalhado. Seus personagens têm as proporções "normais", são pessoas comuns, ou seja, nada exagerados fisicamente. Já as criaturas que povoam o planeta Aldebaran-4 são um espetáculo à parte.
A edição foi impressa em capa cartonada e com papel de qualidade, que destaca bastante as cores, de autoria do próprio Leo.
O ponto negativo seria a ausência de extras, como matérias sobre o autor ou a obra. Verdade que para inseri-los seria preciso aumentar um caderno de 8 ou 16 páginas na edição (o número de páginas da HQ é "em cima da pinta"), o que encareceria o álbum, mas isso faz falta.
Há apenas um mapa duplo com uma pequena apresentação do planeta, comparando-o com a Terra, e uma breve cronologia. É pouco levando-se em conta a riqueza de detalhes a que o leitor é apresentado ao longo da edição.
Fica a torcida pela continuidade da publicação (Aldebaran é a primeira serie, que será seguida de Betelgeuse e Antares, esta última ainda não iniciada na Europa) na Panini. Nenhum leitor quer "morrer na praia", só para ficar no clima da história.
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