Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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ALIENS MUTANTES

1 dezembro 2001

Aliens MutantesTítulo:ALIENS MUTANTES (Conrad Editora) - Edição especial

Autores: Bill Plympton (roteiro e desenhos)

Preço: R$ 20,00

Data de lançamento: 2001

Sinopse: A viagem espacial do astronauta Earl Jesen é sabotada pelo maléfico e ambicioso Dr. Frubar.

Vinte anos depois, o astronauta, auxiliado pela sua "traumatizada" filha, trama sua absurda vingança.

Positivo/Negativo: Uma HQ que combine aventura espacial, monstros mutantes e uma mocinha nada pudica promete uma aventura, no mínimo, divertida. E ser divertida, pelo menos inicialmente, é uma das virtudes deste trabalho.

A diversão corre por conta de um roteiro que mistura surrealismo e humor grotesco: sexo selvagem com zooerastia, além de ação desenfreada em meio a desenhos que parecem saídos de um "rascunho" de livro infantil.

Há mais, é claro, já que a aventura estabelece uma divertida conexão entre poluição visual e a genialidade dos profissionais de propaganda e marketing. O trabalho do desenhista Bill Plympton é uma coleção de referências, que vão do desenho publicitário aos personagens da Warner.

Seu traço é simples e econômico para a bem-sucedida caracterização de personagens hilários e patéticos. Neste universo, os melancólicos mutantes são mais interessantes do que seus criadores. As páginas iniciais atendem a expectativa criada pela capa. Estes monstros lembram muito os criados por Tim Burton, para o filme Beetlejuice.

Com o término da segunda parte da história, o roteiro desanda. É uma pena que um bom argumento como este seja tão mal desenvolvido. A aventura desta edição da Conrad decepciona quando se percebe que Bill Plympton limita-se a contar a mesma piada da metade para o fim. Uma vez que já se riu da brincadeira, a repetição da mesma só causa tédio.

Com a entrada em cena dos personagens do título, a história ganha novo fôlego, mas a repetição logo volta a dominar a aventura.

A conclusão é, ao mesmo tempo, previsível e sem graça! Por que será que no Ocidente é tão difícil fugir do happy end?

Mesmo assim, o humor crítico da edição é material raro nas livrarias do Brasil!

Classificação:

4,0

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