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ALL STAR SUPERMAN - VOLUME 1

1 dezembro 2009


Autores: Grant Morrison (roteiro); Frank Quitely e Jamie Grant (arte e cores)

Preço: US$ 12,99

Data de lançamento: Setembro de 2008

Sinopse: Lex Luthor usa o Sol para destruir o Superman e Lois Lane se recusa a acreditar que Clark Kent possa ser o Homem de Aço.

Positivo/Negativo: A linha All Star surgiu para dar oportunidade aos artistas para desenvolver com liberdade ideias sobre seus personagens preferidos, sem o empecilho da cronologia. Das várias revistas anunciadas, apenas Superman e Batman foram publicadas.

Mas apenas All Star Superman faz jus às estrelas do título.

Trata-se de um dos trabalhos mais brilhantes de Grant Morrison, além de ser a revista mais acessível do escritor escocês para o grande público em muitos anos.

A primeira página da trama já dava pistas de que Morrison e Quitely planejavam algo grandioso. Com apenas quatro recordatórios (oito palavras no total) e quatro quadros, a dupla resumiu a origem do Superman.

Embora as seis aventuras deste encadernados estejam conectadas ao tema central sobre as mudanças que estão ocorrendo na vida do Superman devido ao plano de Lex Luthor, elas também podem ser lidas sem dificuldades como tramas isoladas, uma raridade nos dias atuais.

Morrison escavou a fundo a Era de Prata e conseguiu dar ao Superman algumas de suas melhores aventuras.

Existe uma anarquia irresistível que permeia esse material, mesclando o pop-modernismo de Morrison com as bizarrices típicas dos contos do Homem de Aço das décadas de 1950 e 1960. E o resultado é mágico.

A ficção científica extremada, representada pelo Projeto DNA, os superpoderes de Lois Lane e de Jimmy Olsen, a bravata irresponsável de Atlas e Sansão, os Supermen do Futuro, as diversas kryptonitas e a vilã Nasthaltia (sobrinha de Luthor e antiga inimiga da Supergirl) são idéias oriundas de uma época em que o mundo era mais simples e Superman um herói mais aceito pelo público.

Apesar disso, Morrison consegue mostrar em 160 páginas que tudo isso continua pertinente e divertido; e que o Homem de Aço continua sendo um dos grandes personagens de todos os tempos, desde que bem trabalhado.

Chega a ser irônico que seja tão difícil reproduzir este efeito nas revistas mensais do personagem.

A contribuição de Frank Quitely não pode ser descartada. Com seu desenho preciso e detalhado e um domínio surpreendente das técnicas narrativas, ele (e Jamie Grant, que o ajudou na arte-final digital e nas cores) equilibra com perfeição os momentos de ação e as pausas, o drama e o romance, e o patético e o heroico.

O desenho de Quitely é ágil e faz com que os olhos do leitor deslizem pela página, imersos na história, sem se dar conta da passagem do tempo ou do virar das páginas.

All Star Superman é, acima de tudo, divertido e agradável. Uma belíssima surpresa para quem já não esperava mais nada do Superman.

 

Classificação:

4,0

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