Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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ALMANAQUE TEX # 20

1 dezembro 2004


Título: ALMANAQUE TEX # 20 (Mythos Editora) - Revista bimestral

Autores: Giovanni Luigi Bonelli (roteiro) e Erio Nicolò (desenhos).

Preço: R$ 7,90

Número de páginas: 208

Data de lançamento: Novembro de 2003

Sinopse: Tex e seu grupo encontram por acaso com Rick Sander, acusado de homicídio, fugindo de bandidos loucos para ganharem a recompensa de dois mil dólares, oferecida por um tal Holmer, que almeja ficar com uma rica jazida de ouro descoberta pelo rapaz. Willer resolve ajudá-lo e tem início uma movimentada aventura dos velhos tempos.

Positivo/Negativo: A edição traz uma importante crônica do jornalista genovês Gino di Stefano sobre os Texas Rangers, de onde nasceu, em parte, a inspiração de G. L. Bonelli para criar Tex. Uma pequena matéria imperdível para os fãs do cowboy mais longevo da história dos quadrinhos mundiais.

O desenho da capa, apesar de muito bonito, não sintetiza a história. Os índios aparecem na trama, mas são meros coadjuvantes.

Os colonizadores tiveram primeiro que enfrentar a terra desconhecida e seus habitantes desconfiados, mas não pararam; poucos voltaram atrás. E enquanto expulsavam os índios de suas áreas, criaram cidades e ranchos nas proximidades dos rios e lagos.

Estas cidades eram erguidas do dia pra noite, e nelas chegavam homens trabalhadores e vagabundos, honestos e bandidos. Estes se cercavam de vagabundos para espalhar o terror, extorquir, matar. Quantos morreram após encontrar o tão sonhado filão? Poucos encontravam a guarida da lei para fazer seus direitos respeitados.

Esta aventura foi deixada para trás pelas editoras anteriores, certamente pelo fato de trazer um tema já batido, porém, nesse momento, muito bem-vindo. Faz tempo que não se via Tex numa boa briga de saloon, com direito a voar para fora atravessando uma janela vitrificada. Seriam estas janelas tão fracas? Há ainda muito texto explicativo nos quadros e diversas falas dos personagens.

O desenhista Nicolò, de traços limpos, foi um dos melhores a desenhar Tex. Com seu traço meticuloso, fez o melhor Kit Carson de todos, cenários repletos de bosques e colinas, belos cavalos e bigodes, carecas e camisas xadrez.

Constantemente, G. L. Bonelli terminava suas histórias com mortes acidentais para os homens importantes (banqueiros, comerciantes etc.). Justiça divina? A solução de todos os problemas? Os roteiristas atuais pouco apelam para esta saída. É melhor que os bandidos paguem por seus crimes em vida, e que a lição sirva de parâmetro para os cidadãos comuns. A morte é uma punição definitiva, mas deixa a sensação de que ficou barato.

Tex Almanaque é mesmo uma bela coleção, com histórias completas, ótimo apelo visual e gráfico, pouquíssimos problemas, preços variáveis, porém acessíveis, e perfeita periodicidade.

Classificação:

4,0

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