ALMANAQUE TEX # 23
Título: ALMANAQUE TEX # 23 (Mythos
Editora) - Revista trimestral
Autores: Claudio Nizzi (roteiro) e Miguel Angel Repetto (desenhos).
Preço: R$ 8,40
Número de páginas: 192
Data de lançamento: Agosto de 2004
Sinopse: Recompensa: Guerra no Deserto - Uma nova guerra
indígena nas terras quentes do Novo México ameaça a paz entre brancos
e peles-vermelhas. Tex é enviado para restabelecer a paz e encontra muitos
problemas junto aos militares, passando por uma acusação de assassinato
e lutas incríveis contra os apaches rebeldes.
Quando o agente indígena começa a desviar os víveres dos apaches visando
o lucro pessoal, é interpelado e morto pelo chefe Durango. Isso gera a
intervenção do exército, que manda uma patrulha averiguar. Mas a tropa
é dizimada por índios rebeldes sob o comando de Kaita. Está criado o problema
e precisa ser resolvido.
E adivinhe quem fará isso!
Positivo/Negativo: O Almanaque Tex é como um brinde para
os leitores. A revista é vestida com uma capa impressa em papel especial
e recheada de matérias sobre faroeste, capaz de acariciar o ego dos mais
saudosistas.
Desta vez, veio diferente, sem tantas matérias, mas com uma What if...?
de tirar o fôlego dos menos conservadores, incluindo a versão feminina
dos heróis bonellianos. A Sex Willer do Civitelli ficou realmente sensacional,
e a Zagora, hein?
Na trama, Nizzi colocou Tex em várias situações de perigo: tomou socos
no estômago e na cara, coronhada na cabeça, foi acusado de assassinato,
quase é alvejado por um apache, cai do cavalo, é "saboreado" por formigas
vermelhas... Como se pode ver, ação não falta nesta edição.
O argentino Repetto merece elogios, principalmente nos desenhos de tira
completa, com arte de grande profundidade, permitindo visualizar a cena
em vários planos, e convidando o leitor a uma viagem em perspectiva nas
paisagens do Oeste selvagem. A exemplo de Giovanni Ticci, mostra as situações
de vários ângulos, em seqüências que são um deleite visual.
A história mostra que no Velho Oeste os homens brancos e vermelhos tinham
os nervos à flor da pele. Uns e outros costumavam agir impulsionados pelo
sangue quente, não medindo as conseqüências dos seus atos. A sensação
de impunidade, devido à falta de provas, de policiamento ostensivo e à
lei do mais forte, levava os menos preparados a buscarem resultados de
forma ilícita, pisando nos colonos honestos e trabalhadores. É caí que
entra Tex, para surpreender os desacostumados aos rigores da lei e da
justiça.
A edição está perfeita, show de bola! Vale a leitura.
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