ALMANAQUE TEX # 25
Título: ALMANAQUE TEX # 25 (Mythos
Editora) - Revista trimestral
Autores: Claudio Nizzi (roteiro) Fabio Civitelli (desenhos) e Claudio Villa (capa).
Preço: R$ 10,90
Número de páginas: 224
Data de lançamento: Fevereiro de 2005
Sinopse: Retorno a Culver City - Tex recebe um chamado do comando dos rangers para ajudar um juiz, cujo filho é acusado de assassinar Joe Rebo, o rebento do homem que matou Sam Willer, irmão do herói.
A trama revive parte do passado e mostra passagens da vida de Tex. São mostrados o velho rancho dos Willer e os túmulos dos seus pais e do seu irmão.
O quadro é estarrecedor: após a morte de Joe Rebo, Max Marley assumiu o comando total das operações ilegais e é acobertado pelo xerife Braddox. Tex precisa provar que o filho do juiz é inocente.
O perspicaz Marley engendra um plano para liquidar o ranger, mas Tex escapa ao sórdido plano com a ajuda do filho, mas ambos acabam presos pelo xerife inescrupuloso.
Para se safar dessa situação adversa, Tex precisa da ajuda dos amigos para partir para o contra-ataque.
b>Positivo/Negativo: Esta aventura, publicada no Tex italiano 511 e 512, foi deixada propositadamente para trás na série normal brasileira, para sair no Almanaque Tex. Uma sábia decisão, pois a história é um dos últimos elos do passado do herói e merecia tratamento especial. A bela capa de Villa é baseada (quase uma cópia) num quadro da página 103.
Nizzi explora muito bem a lacuna concernente ao passado de Tex, que todo colecionador tem interesse de saber. O leitor "visita" o velho rancho onde Tex nasceu e fica pensando que foi ali que aprendeu a montar, a atirar, a marcar reses. Também aprecia o convívio do ranger com os pais e se entristece ao ver seus túmulos.
Para um fã veterano (são mais de 30 anos), como este resenhador, a cena das sepulturas é tocante. Foi feita com tanto realismo, que é quase como se ali estivessem parentes de verdade. Digna de arrepios e até de fazer os olhos lacrimejarem.
Civitelli está no auge da eficiência nesta aventura. De encher os olhos. Traço firme, desenhos limpos, seqüências balanceadas. Um show. O zelo se faz presente do início ao fim.
A arte de Civitelli, que melhora a cada trabalho, lembra a do saudoso Aldo Capitanio em O Soldado Comanche (Tex Gigante # 2) e Matador (Almanaque Tex # 18). Seu Tex é durão e intimida os bandidos, não só porque se adequa aos textos do Nizzi, mas porque tem uma expressão latente, um cinismo camuflado, que lhe conferem uma aura de poder.
Ao final, o tradutor, consultor e, provavelmente, maior colecionador texiano brasileiro, Júlio Schneider, assina a crônica Os Brutos Também Amam, tecendo uma viagem pelo mundo do personagem e traçando os perfis dos Willer e seu relacionamentos as mulheres.
A Mythos publicou a capa do segundo volume italiano na quarta capa, fechando a edição. Assim, os leitores brasileiros não perdem nada do original. Uma medida acertada.
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