ALMANAQUE TEX # 26
Título: ALMANAQUE TEX # 26 (Mythos
Editora) - Revista trimestral
Autores: Gianluigi Bonelli (roteiro), Fernando Fusco (desenhos) e Galep (capa).
Preço: R$ 10,90
Número de páginas: 224
Data de lançamento: Junho de 2005
Sinopse: A Marca de Satã - Uma seita de adoradores do demônio se estabelece na pequena cidade de Quemado, próxima da reserva indígena dos Zunis e seus integrantes raptam jovens índias para sacrifícios humanos. Um fanatismo exacerbado que prende todos em torno de um ideal macabro e fantasioso, capaz de lhes cegar completamente.
Em busca de pistas dos raptores, Tex e Carson chegam ao povoado, penetram no mundo obscuro que circunda aquela gente esquisita e encontram preconceito, intimidação, intolerância e mentiras.
Quando descobrem todo o mal que impera em Quemado, os rangers caem numa armadilha de Crandall, o padre que conduz a seita. Então, se inicia uma luta épica entre o bem e o mal, com muita ação e emoção.
b>Positivo/Negativo: Esta aventura, publicada na Itália em Tex # 248 e #249 há mais de 20 anos, foi uma das últimas ainda inéditas da autoria de Gianluigi Bonelli e vem com uma capa sugestiva e condizente com o título. O aspecto sombrio conferido pela nova colorização da capa aumentou a dramaticidade e o apelo.
A história é bem amarrada e não deixa pontas soltas. Os assuntos foram desenvolvidos com clareza e equilíbrio, sem deixar aquela sensação irritante de que algo poderia ter sido mais bem aproveitado.
A trama pode ser dividida em três partes. A primeira vai até a página 77, com a apresentação do enredo, do lugar e dos coadjuvantes e as primeiras impressões dos heróis e termina com uma palavra sugestiva: Mefisto. A segunda segue até a página 168, com investigação, fatos, descobertas e ação. E a terceira é o longo desfecho, trabalhado com calma e eficiência, fato difícil de acontecer.
O culto ao diabo e os sacrifícios humanos representam um leque vasto de opções para desenvolver uma história; e o autor soube como usá-los, criando um poder que se imagina obscuro e sem fronteiras, mas que não consegue subjugar os espíritos do bem. Assim, engendrou a expectativa e o suspense ideais que culminaram no feito heróico de Tex.
Os desenhos de um Fusco ainda iniciante não são uma maravilha. O seu Tex é dos mais diferentes entre os artistas da Bonelli. As pessoas estão caricaturais e as paisagens e planos de fundo mal retratados. Talvez por isso, na época, ele tenha fica em segundo plano em relação a Giovanni Ticci, Erio Nicolò e o próprio Galep (pseudônimo de Aurelio Galleppini), então estavam no auge. Mas com o tempo, ele evoluiu.
As Heroínas do Oeste é a matéria da edição e conta tudo sobre as mulheres mais "quentes" que habitaram o Oeste, com uma ligeira bibliografia de alguma delas, como Calamity Jane, talvez a mais famosa.
Como o leitor de Tex está acostumado a ver, algumas mulheres chefiavam quadrilhas, depois de perderem maridos e filhos ou mesmo amargarem prejuízos e traições. Elas partiam para o tudo ou nada, dando voz às armas e, ás vezes, se sobressaíssem mais do que muitos cowboys condutores de vacas e beberrões.
No geral, uma belíssima edição.
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